Animais e Crianças

  1. andreia maciel de souza disse:

    Olá,

    tenho duas cachorras amadas, uma Sharpen a Maerlyn e a Duna uma viralata, a Maerlyn por um problema hereditario esta cega e estamos lidando com isso alguns meses em casa ela já se vira bem, ela tem 6 anos de idade e é muito tranquila o problema dela é a mana que tem 10 meses e que é muito fusarqueira e quer só brincar, já fez tudo que um dia a Merlyn ja fez roeu as coisas dentro de casa, pano, flores essas coisas e continua fazendo ela não entende que a Maerlyn alem de não ser muito sociavel por não enxergar não consegue brincar com ela. Mas o que quero saber é que nesta rotina teremos agora um bebê que chegará no ano que vem, quero saber se há alguma dica? se teremos algum problema com elas e com a chegada do bebê?

    Agradeço desde já,

    Andréia

  2. Rita Ericson disse:

    Olá Andreia,

    existem recomendações para preparar os animais para a chegada de um bebe.
    A ideia é não fazer mistério acerca do quarto e dos pertences do nenem, evitar proibir a circulação deles e “encher o tanque deles de atenção” depois que o bebe nascer.
    Se os animais são mais apegados a você, dedique alguns minutos do dia para escová-los e/ou brincar com eles.
    Você pode aproveitar um momento que o nenem esteja chorando e pedir para outra pessoa atendê-lo. Neste momento, chame os cães e dê atenção e carinho para eles.
    Na hora de entrar em casa com a criança, peça para outra pessoa carregá-la.
    Entre em casa, cumprimente seus animais e depois apresente a criança.
    Se restarem duvidas, entre em contato.
    Abraço
    Rita Ericson

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Quase toda criança gosta de bicho e elas são as primeiras a insistirem a ter um animal em casa.

As promessas são muitas, mas será que elas vão realmente ajudar a cuidar, é possível contar com elas?

As crianças podem ajudar muito no dia dia dos animais de estimação, mas os adultos precisam saber que a responsabilidade é deles.

Na hora de levar ao veterinário, pagar as despesas, tomar uma decisão difícil e planejar o que fazer na hora de uma viagem, são os adultos que se responsabilizam.

Os animais não são descartáveis! Uma vez na nossa família, a responsabilidade é nossa.

Vale pensar, refletir e negociar bastante.

Se a decisão está tomada e hora de planejar:

se a paixão da família são os cães, que raça escolher? Vocês adoram cachorros, mas ninguém tem tempo para nada, será que não é melhor ter um gato?

Existem raças mais calmas (golden retriever, west highland white terrier, setter, labrador, poodle, bichon frisé, airedale, shih tzu, boxer, collie, pug, spitz alemão, whipet), mas não temos nenhuma garantia que animal escolhido será tolerante.

Precisamos ensinar as crianças que os animais não são brinquedos e não estão a disposição delas o tempo todo.

É fundamental respeitar os limites dos animais e deixá-los dormir, descansar e evitar que sejam puxados e apertados o tempo todo.

Existem indivíduos de diferentes temperamentos, independente da raça. É possível ensinar ao animal a ser mais paciente e associar a presença da criança a sensações prazerosas. Quanto mais cedo ele tiver contato com crianças, melhor! Pergunte a pessoa que vai te doar ou vender o animal se ele esta habituado ao contato com diferentes pessoas, barulhos e situações.

Os filhotes devem ser sociabilizados a partir de 3 semanas de vida! Faz toda diferença na forma com que eles vão lidar com os desafios da vida.

Eu sou fã dos vira-latas (tanto cães como gatos) e acredito que a escolha do filhote é até mais importante que a raça. Observe a ninhada e prefira o animal mais calmo e tranquilo,  não  muito agitado, mas que esteja saudável, claro.

A convivência com os animais de estimação é muito benéfica para as crianças. Elas aprendem muito a respeito da vida e do outro:

  • Responsabilidade – dentro das possibilidades de cada criança e da idade, ela podem ser responsáveis por alimentar o animal, escovar os pelos, lembrar de dar o remédio, entre outras atividades. Assim elas aprendem a cuidar da saúde de outro ser e de si próprios
  • Comunicação – como os animais se comunicam através de sinais corporais, elas aprendem a perceber se o cão ou o gato está triste, feliz, animado, agressivo e também entendem que os animais são capazes de identificar o humor delas, de longe. Não precisa nem conversar
  • Empatia – se não houver respeito entre o animal e a criança, a relação não se desenvolve bem. Se a criança quiser brincar e o animal não quiser, ela terá que lidar com esta frustração
  • Confiança – os animais não julgam nossas atitudes, nem a nossa aparência, o seu animal gosta de você do jeito que você é! Nada melhor para fortalecer a autoestima
  • Ciclo da vida – como a expectativa de vida deles é bem menor que a nossa (cerca de 13 anos), acompanhamos a infância, a vida adulta e a velhice dos nossos animais. A dor da perda é enorme, mas ajuda a compreender que a vida é finita.

Para a relação com o animal ser tranquila e positiva, é fundamental estabelecermos regras e a família toda precisa cumprí-las.

Um exemplo: se a regra da casa é que o animal não pode subir na cama, ninguém pode deixar! É comum o filhote fofo e cheiroso poder TUDO, mas assim que cresce e vai passear na rua, não deixam mais nada. Assim ele fica confuso!! O animal não tem como entender porque um dia ele pode e outro não…

Precisamos ser consistentes e firmes, assim como a mãe gata ou cadela corrige seus filhotes. Nada de muita falação e gritos, assim, eles não entendem nada.

A relação de crianças com animais é linda e riquíssima, mas a responsabilidade também é enorme!

Pense com carinho.

 


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