A febre amarela é uma doença viral aguda, transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos), através da picada de mosquitos infectados.

Nossos cachorros e gatos não correm o risco de contrair a doença, nem existe vacinação indicada para estas espécies.

A transmissão geralmente ocorre em animais selvagens, mas ocasionalmente atinge humanos que entram nas regiões florestais. Recentemente, as preocupações com o ressurgimento da doença em área urbana cresceram devido à disseminação do Aedes aegypti, que tem demonstrado capacidade de transmitir o vírus da febre amarela. O vírus da febre amarela silvestre é transmitido por mosquitos (gêneros Haemagogus e Sabethes).

A principal forma de prevenção da Febre Amarela é por meio da vacinação.

Outras medidas de proteção também podem ser adotadas, principalmente para quem tem alguma contraindicação para receber a vacina como: usar repelente de insetos, proteger a maior extensão possível de pele através do uso de calça comprida, blusas de mangas compridas, meias e sapatos fechados, evitar na medida do possível o deslocamento para áreas rurais e, principalmente, adentrar em matas, seja a trabalho ou turismo, passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados, uso de mosquiteiros e telas nas janelas

O vírus da febre amarela circula em países da América do Sul e da África.

Nas últimas décadas, a Febre Amarela tem sido registrada além dos limites da área considerada endêmica (região amazônica), como no Espirito Santo, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.

A ocorrência de febre amarela em macacos que habitam áreas densamente urbanizadas se deve aos altos índices de infestação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Não existe um tratamento específico para a doença, ele é apenas sintomático. Os pacientes que necessitarem de hospitalização devem ter uma cuidadosa assistência, permanecendo em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.

Não matem os macacos! Eles não são responsáveis pela transmissão da doença! Muito pelo contrário: eles são aliados do combate à Febre Amarela, servindo como “anjos da guarda”! Eles são um alerta, servem como guia para elaboração de ações e prevenção.

Além disso, matar animais é considerado crime ambiental pelo Art. 29 da Lei n° 9.605/98. “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”, pode gerar pena de seis meses a um ano de detenção, mais multa.

No bioma da Mata Atlântica, onde incide a doença, encontram-se primatas ameaçados de extinção, entre eles, o Bugio, o Macaco-prego-de-crista, além do Muriqui do sul e do norte.

Caso você encontre macacos mortos ou doentes, deve informar o mais rapidamente o Serviço de Saúde do município ou do estado onde vive ou pelo número de telefone 136.  O serviço de saúde avalia se ainda há a possibilidade de coleta de amostra para laboratório, se além desse animal que foi encontrado existem outros, se as populações de primatas da região ainda são visíveis e estão integrados, se foi uma morte isolada, ou se de fato é uma ocorrência que atingiu o maior número de primatas.

Além disso, é possível denunciar a matança ou maus tratos de macacos pela Linha verde do Ibama (0800 61 8080). Na denúncia, podem ser encaminhadas fotos e vídeos que auxiliem na identificação do crime e de quem o cometeu, através deste e-mail – clique aqui

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