Seu cão está doente? Caprichoso? Ou cansado da dieta do dia-dia ?

Vamos considerar que ele está saudável, mas não se anima para comer.

A situação mais frequente é o cachorro recusar a ração seca que oferecemos ou demorar horas para comer.

Neste momento, como você e sua família se comportam? Insistem, ignoram, consolam ou oferecem comida na mão?

Se ele estiver recebendo muita atenção quando se recusa a comer, ele pode continuar assim até receber toda atenção extra que deseja.

Se o seu cão está “mimado”, só come se alguém insistir, não transforme a hora da refeição numa barganha por atenção.

Simplesmente coloque a ração na vasilha e se afaste. Se ele não comer imediatamente, retire a vasilha do chão, guarde em local fresco e seco (dentro de 1 saco plástico, por ex) e só ofereça na refeição seguinte.

Não se assuste se ele não comer. Se o seu coração não aguentar, ao invés de só oferecer na refeição seguinte, experimente 1 h depois. Outra tentativa é retirar metade do conteúdo e colocar a vasilha no chão novamente. Se ele ainda não quiser, repita a operação e quando estiverem sobrando apenas alguns grãos, pode ser que o instinto de sobrevivência fale mais alto, e ele coma. Afinal, o alimento está sumindo! É melhor garantir.

É importante lembrar que os cães eram caçadores. Os caçadores nem sempre obtém alimento todos os dias. A capacidade de jejum deles é enorme. Um cão é capaz de ficar 3-4 dias sem comer, sem desmaiar como acontece com seres humanos, mas atenção: eles não podem ficar sem beber água.

Tendo a certeza que há alimento disponível, quando a fome apertar ele vai comer.

Evite adicionar carne ou outra proteína animal na ração. A quantidade ideal de proteína já está contida na ração, a maior vantagem de alimentar os animais com rações industrializadas de qualidade, é a garantia de uma nutrição completa, balanceada e equilibrada.

Mas, se você quiser adicionar sabor na ração, considere colocar um pouquinho de petisco, frutas outro tipo de alimento na ração. Alguns animais já ficam animados e comem melhor com um simples fio de azeite por cima. Saiba quais aliemntos não devem ser oferecidos, clicando aqui.

Uma outra alternativa é misturar a ração seca com ração umida, desta forma não quebramos o balanceamento da dieta e o cachorro fica mais animado com o cheiro e sabor da dieta umida.

Este pode se tornar um hábito difícil de retirar, pense bem e converse com o(a) veterinraio(a) que cuida do seu cachorro.

Também é possível trocar a marca da ração de vez em quando, mas faça isso de maneira gradual e sempre opte por rações de qualidade.

Se o seu animal precisa de uma dieta especial (há rações comerciais para diabéticos, insuficiente renais etc, não gosta de ração de jeito nenhum ou você está disposto a mudar, é possível oferecer alimentos feitos em casa, mas é fundamental o acompanhamento de um nutricionista veterinário. As necessidades nutricionais dos cães são muito diferentes das humanas.

Para saber mais sobre alimentação natural, clique aqui.

 

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Texto de Paloma Dalloz (nutricionista veterinária)

Eventualmente ouvimos alguém dizer: “Na minha época não havia tanta doença em cachorro, os animais morriam de velhice e comiam restos
da comida da casa”.

Não é bem assim…antigamente não existiam meios de diagnóstico como os de hoje, e quando nossos animais morriam não sabíamos se a causa era velhice ou doença.

Ao oferecer comida caseira  corremos o risco de não oferecer ao nosso animal todos os nutrientes necessários para uma vida saudável. É difícil afirmar que existe uma relação direta entre a alimentação extrusada (rações industrializadas) e o aparecimento de novas enfermidades. Em humanos (e lá vamos nós nos comparar mais uma vez a cães e gatos ), sabemos que existe uma relação estreita entre alimentação industrializada e conservantes com neoplasias, diabetes e outras doenças.

Clinicamente, observo que animais que se alimentam de dieta caseira têm mais disposição e  resistência  imunológica. É possível formular dietas caseiras para cães e gatos com insuficiência renal ou urolitíases (cálculos urinários), diabéticos, obesos, cardiopatas, portadores de neoplasias e também formular dietas funcionais (quando usamos propriedades dos alimentos para melhorar a saúde do animal). Mas, para isto, é necessário  balancear a dieta.
Como fazer uma dieta balanceada para um animal se não fazemos para nós mesmos? Ninguém come todos os dias a mesma coisa. Não pode! A variação de vitaminas e minerais é importante em qualquer organismo, até mesmo em nossos pets, então é preciso fazer com que os proprietários tenham  conhecimento de quais alimentos podem ou não ser oferecidos ao animal, mantendo o equilíbrio da dieta  sem refinar o paladar dos animais tornando-os exigentes demais.  Nas rações, as necessidades energéticas diárias estão inclusas nas tabelas de quantidades diárias recomendadas por cada fabricante.  A escolha do tipo de  alimentação – se caseira ou industrializada – dependerá do estilo de vida do proprietário, do tempo disponível para se dedicar à alimentação, dos custos e da condição de saúde do animal.

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