Todos sabemos que a liberdade é uma maravilha.

Mas tem seu preço.

No caso dos gatos, esta questão é muito importante.

As estatísticas mostram que o gato de vida livre ou o gato com acesso à rua, vive em média 4 anos.

O gato confinado, 14 anos!

É MUITA diferença.

Atualmente, os gatos são considerados membros da família e queremos o melhor para eles.

Mas o melhor não é só segurança. A qualidade de vida também é fundamental.

Vamos aos prós e contras de um gato sair para passear:

CONTRAS:

  • brigas com outros gatos – além dos machucados, mordidas e arranhões podem transmitir doenças, que ainda não temos vacinas eficazes para protegê-los
  • acidentes – atropelamentos, risco de ficar preso em alguma passagem apertada ou buraco, o cachorro do vizinho pode machucar seu gato
  • envenenamento – as pessoas costumam misturar veneno contra ratos em alimentos, os gatos podem ingerir
  • maus tratos – infelizmente existem humanos que maltratam gatos
  • fome – um gato na rua pode sentir fome e sede
  • predadores – gatos podem matar passarinhos, pequenos macacos e outras formas de vida selvagem
  • GESTAÇÕES INDESEJADAS – se o seu gato for macho, não castrado, ele pode acasalar e gerar uma ninhada de gatinhos, com grande chance de não terem onde morar

– se sua gata não for castrada, pode voltar grávida de um simples passeio…

 

PRÓS:

  • liberdade para escalar, explorar, correr e ter uma vida rica em estímulos

Mas como resolver este dilema?

LIBERDADE X SEGURANÇA

Acredito que a melhor maneira é oferecer para os gatos, a segurança das nossas casas com opções de diversão e atividades, semelhantes as da vida livre.

Podemos conseguir esta situação ideal, promovendo um enriquecimento ambiental em nossas casas com prateleiras altas e espaços tridimensionais. (leia o texto: http://www.bichosaudavel.com/enriquecimento-ambiental-gatos-mais-felizes/)

Os gatos também devem receber atenção e carinho, além de brincadeiras (algumas sugestões: http://www.bichosaudavel.com/sugestoes-de-brinquedos-para-gatos-entediados-gordos-etc/)

Gatos gostam de companhia. Que tal ter 2 gatos? Saiba como adaptá-los: http://www.bichosaudavel.com/introduzindo-um-novo-animal-na-casa/

Eles são capazes de aprender a andar de coleira e guia, mas precisam se acostumar aos poucos (prometo um texto sobre adestramento de gatos, brevemente).

Se você mora em apartamento, é fundamental proteger as janelas com telas, os gatos podem sair para passear ou pior, sofrer um grave acidente ao cair de uma altura grande (http://www.bichosaudavel.com/gatos-e-janelas-combinacao-perigosa/).

Para quem mora em casa é possível construir um espaço seguro, no jardim, para os gatos escalarem as árvores e espaços altos, sem riscos.

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Eu sempre gosto de lembrar que a decisão de adotar ou comprar um animal de estimação deve ser tomada com muito cuidado e calma.

A responsabilidade e a duração desta parceria são muito grandes.

Quem já tem um gato ou cachorro (ou vários) sabe que o prazer e o amor vivenciados são enormes e inexplicáveis, só experimentando para saber.

Muito se fala sobre o bem estar para um gato ou cão de ter uma companhia da mesma espécie. É verdade, é interessante poder conviver com um semelhante. Mas esta decisão é sua, você deve estar com vontade de ter mais um animal. Até mesmo porque as vezes nem tudo sai como planejado… alguns animais simplesmente não se dão bem com outros. “É pessoal”!

Mas e quando resolvemos adquirir mais um? Que cuidados tomar?

Inicialmente, certifique-se que o animal está saudável, não corra o risco de levar uma doença infecto-contagiosa para casa e possivelmente contaminar seu antigo companheiro.

Pulgas, carrapatos e parasitos em geral (vermes, amebas, protozoários) também devem ser tratados antes de introduzir o novo animal na sua casa.

Os gatos podem apresentar algumas viroses (FiV, FelV e PIF) que podem ser diagnosticadas através de exames de sangue. Nem sempre um exame positivo significa que o novo animal não pode entrar na sua casa. Converse com seu/sua vet.

Evite fazer muita festa e carinhos no novato (vamos chamá-lo assim). Isto é muito normal, principalmente quando se trata de um filhote fofíssimo ou de um animal carente. O seu antigo companheiro pode sentir muito.

Mantenha “o reinado” do animal mais antigo, faça tudo para ele primeiro: alimentar, cumprimentar, colocar coleira, escovar, dar banho, medicações etc.

Com o passar do tempo, podemos até mudar esta dinâmica. Mas num primeiro momento é importante dar muita atenção para o(s) animal(is) mais antigo(s) na casa.

Alimente o novato em outra vasilha e em local separado, pelo menos nos primeiros dias. O alimento é muito importante para os animais.

É bastante interessante “apresentar” o cão novato ao seu antigo cachorro na rua, durante um passeio. Observe a reação dos 2 animais, se eles brincam, se cheiram e ficam a vontade.

No caso dos gatos, deixe o novato num cômodo separado mas evite lugares nobres como seu quarto ou a cozinha. É fundamental oferecer água, alimento e bandeja sanitária neste cômodo – lembre-se que estes itens não devem ficar grudados uns nos outros!

Coloque também uma caixa ou bolsa de transporte neste ambiente, para oferecer um refúgio seguro e para utilizarmos na próxima etapa de aproximação.

Para saber mais sobre caixa de transporte, clique aqui.

Importante! A caixa deve  estar limpa, sem cheiros de outros gatos! Mas lave somente com água e sabão neutro, não use desinfetantes nem produtos perfumados.

Esfregue um paninho limpo na região dos bigodes, cabeça e lateral do corpo do novato e leve para seu gato cheirar. Em seguida inverta, esfregue nos bigodes do seu gato e leve para o novato.

Repita esta operação várias vezes. O objetivo é fazer uma troca de cheiros entre eles, para a apresentação ser realizada aos poucos.

Você também pode escovar os  gatos com a mesma escova (bem macia, tipo escova de sapato).

Se o(s) gato(s) antigo(s) ficar(em) muito interessado(s), toda hora indo cheirar a porta deste cômodo, sem demonstrar sinais de agressividade (“bufar”, miar estranho), o próximo passo é deixar que eles se vejam, mas de preferência através de uma fresta na porta, vidro, tela ou então mantenha o novato na caixa/bolsa de transporte e deixe seu gato antigo se aproximar da caixa.

Se todos estiverem bem, sem demonstrarem sinais de medo e/ou agressividade, podemos deixá-los no mesmo ambeinte, mas sempre com supervisão.

Tenha almofadas, pedaços de papelão ou até mesmo use coleira para ter segurança e evitar conflitos.

Saiba mais sobre coleira para gatos, clicando aqui.

Nunca brigue com seus gatos se as reações estiverem exageradas e agressivas.

É natural para os gatos não aceitarem outros animais no seu território. O processo de aproximação pode demorar bastante, meses até!

Se tudo estiver correndo bem, comece a deixá-los no mesmo ambiente por cada vez mais tempo, sempre com supervisão.

Mantenha sempre opções de esconderijo como caixas de papelão, de transporte e “tocas” – elas oferecem conforto e segurança na hora do medo.

Lembre-se de falar com a voz doce e elogiar o comportamneto calmo deles.

Se o clima “esquentar”, separe-os (mas nunca use suas mãos, use um pedaço de papelão ou uma amofada, por ex.) e comece novamente mais tarde ou no dia seguinte.

Também é possível adaptar cães e gatos na mesma casa. A aproximação deve ser gradual e tomar muito cuidado para eles não se machucarem. O cão pode morder o gato, mas o gato também pode arranhar gravemente ou assustar demais o cachorro.

Os primeiros dias podem ser difíceis, mas geralmente eles acabam se dando bem. Ou pelo menos, se aceitando e convivendo harmonicamente.

É muito bacana ver animais brincando, se cheirando, se lambendo, enfim, interagindo com um ser da sua espécie. Afinal, nós os amamos muito, mas não falamos a mesma língua nem percebemos o mundo da mesma forma.

Para assistir o episódio da webserie “Bichos” do GShow, sobre este assunto, clique aqui.

Bichos 2

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