Estes sintomas são muito comuns nos cães.
Existem muitas causas possíveis e a gravidade do quadro também é muito variável.
Alguns casos podem se resolver sozinhos, sem maiores problemas e outros precisam de atendimento veterinário, exames e tratamento mais prolongado.
Existe uma grande diferença entre fezes pastosas e diarreia.
Um animal pode evacuar fezes pastosas ou moles, somente 1 ou 2 vezes ao dia e isto não é diarreia.
A diarreia se caracteriza pelo aumento do volume das fezes, diminuição na consistência e/ou presença de líquido e aumento da freqüência das evacuações.
Frequentemente, o cheiro das fezes também é diferente, mais fétidas que o normal e o animal pode apresentar sinais de dificuldade para evacuar (tenesmo).
Eles também podem sentir dores abdominais, mas como sabemos (para saber mais, clique aqui), os cães e gatos raramente reclamam ou choram de dor. Eles ficam quietos e muitas vezes assumem uma postura “enroladinha”, alongam o corpo de vez em quando ou ficam inquietos, andando de um lado para o outro.
Muitas vezes, o animal também apresenta vômitos, que é o ato de expelir o conteúdo do estômago pela boca.
Os cães não têm tanta dificuldade para vomitar, como nós humanos. Além da posição quadrúpede facilitar o movimento (o alimento não precisa subir do estomago para a boca), faz parte do comportamento ancestral canino regurgitar o alimento que foi caçado para seus filhotes.
Quando o animal apresenta vômitos e diarreia, ele pode estar com um quadro de gastroenterite.
As causas de uma gastroenterite podem ser muito variadas.
As mais simples podem ser causadas por hábitos alimentares inadequados, como comer muita quantidade, comer rápido demais, comer itens não digeríveis, mudanças na dieta, comer lixo ou comida estragada, por exemplo.
As causas mais graves podem ser: infecções, viroses, parasitos (vermes), intoxicações, envenenamentos, diabetes, pancreatite, doença renal ou hepática e até câncer, entre outras.
Quando a causa é simples, os animais costumam se recuperar sozinhos.
Eles parecem ter uma sabedoria (que a nossa gula humana não permite) e ficam em jejum. Muitas vezes, basta esperar algumas horas, respeitar o jejum e tudo volta ao normal.
Às vezes, precisamos oferecer uma dieta leve, antes de voltar para a ração ou alimentação rotineira.
É fundamental realizar um tratamento e prevenção contra parasitos intestinais nos filhotes e pelo menos de 6/6 meses, nos adultos.
Saiba mais sobre filhotes, clicando aqui.
Mas se o quadro estiver acompanhado de prostração, presença de sangue nas fezes (muitas vezes, o aspecto é parecido com geleia de morango) e/ou muco (parece um catarro nas fezes), é importante levar o animal para atendimento veterinário.
Os vômitos e a diarreia podem levar o animal a um quadro de desidratação e desequilíbrio eletrolítico, especialmente se o animal for filhote ou idoso.
Se o quadro de vômitos for intenso, não adianta tentar medicar o animal por via oral, ele pode vomitar a medicação, antes mesmo dela fazer efeito.
Nestes casos, é fundamental que o animal seja examinado e medicado por um(a) médico(a) veterinário(a).
Pode ser necessário realizar exames complementares como hemograma, bioquímica, radiografias, ultrassonografia e colonoscopia para definir o diagnóstico e tratamento.