Sabemos que os efeitos do envelhecimento são indesejáveis, tanto para nós quanto para nossos bichos.

Mas também sabemos que a única alternativa ao envelhecimento é morrer cedo! Eu prefiro envelhecer! E com qualidade de vida!

O processo do envelhecimento ocorre tanto na parte física quanto na mental.

As articulações, os sentidos, o coração, todas as funções do organismo, e nos gatos, especialmente os rins sofrem com o passar dos anos.

Alguns indivíduos envelhecem melhor que outros.

Mas não existe regra, alguns gatos podem apresentar sinais de envelhecimento (físico ou mental) mais cedo ou mais tarde.

Assim como nós, humanos, os gatos idosos também apresentam uma menor atividade, isto é normal.

Eles ficam menos ativos, brincam menos, reagem pouco a estímulos, não conseguem se limpar como antes e costumam dormir mais.

Algumas causas podem ser físicas, como as dores articulares, doenças e a diminuição da visão e audição, por exemplo.

Mas também ocorrem alterações no cérebro do gato, como a diminuição da atividade celular e outras similares ao Alzheimer.

A disfunção cognitiva, assim como ocorre nos cães (saiba mais clicando aqui), pode causar desorientação, diminuição das interações sociais, alterações no sono e até mudanças na utilização da caixa sanitária.

O gato idoso desorientado parece perdido no ambiente, pode não reconhecer pessoas da família e interagir menos com elas, como não ir recebê-las na porta, por exemplo.

É bastante comum ele dormir mais durante o dia e ficar acordado à noite, vagando e miando, sem aparente motivo.

Também é frequente o velhinho esquecer aonde fica sua caixa sanitária e não se limpar com tanto cuidado como quando era jovem.

A prevalência  da disfunção cognitiva aumenta com a idade, isto significa que se aos 13 anos de idade, 10 % dos gatos são afetados, aos 16 anos serão 50% e aos 20 anos, 90% dos gatos podem apresentar sintomas.

Não se sabe exatamente o mecanismo da disfunção cognitiva em gatos, mas com base no que sabemos sobre humanos e cães, podemos dizer que as alterações no cérebro são parecidas com as que ocorrem na doença de Alzheimer – deposição de substância beta-amiloide com a formação de placas- além das causas vasculares (diminuição da oxigenação).

A doença é progressiva, mas é possível reverter alguns sinais com tratamento específico (medicamento) e cuidados e atenção redobrados.

Todos nós estamos vivendo mais e melhor – humanos, cães e gatos. Os cuidados com a prevenção de doenças, alimentação e exercícios são a explicação para esta modificação.

Antigamente nossos bichos não chegavam a ficar tão velhos e não era possível identificar estas alterações.

Precisamos nos preparar para a velhice deles.

Podemos ajudá-los com algumas simples ações:

  •  facilitar o acesso a caixa sanitária
  •  escová-los com frequência
  •  limpá-los, se necessário (lenços umedecidos, papel toalha úmido)
  • evitar mudanças radicais no ambiente (móveis, novos animais)
  • muito amor e paciência

Se conseguirmos melhorar a qualidade de vida de um gato por pelo menos um ano, seria o equivalente a 5 anos na vida de uma pessoa!

Vale a pena!

 

 

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