Convulsões em Cães
Uma convulsão é um quadro muito difícil de se presenciar, às vezes até assustador.
O animal apresenta várias contrações musculares involuntárias, pode vocalizar, urinar, defecar, “pedalar” ou apresentar um quadro mais brando com pequenas contrações dos músculos da face.
ma convulsão pode durar poucos segundos ou minutos.
Para quem assiste, parece uma eternidade.
As convulsões são sintomas de alguma desordem neurológica e não são por si, uma doença.
Entre as possíveis causas, devemos destacar:
- hipoglicemia
- doença hepática (encefalopatia hepática)
- intoxicações ou envenenamento
- inflamação ou infecção no sistema nervoso
- trauma na cabeça
- tumor cerebral
- doenças congênitas (hidrocefalia, por exemplo)
- epilepsia
Na maioria dos casos, as convulsões são idiopáticas, isto é, não é possível determinar a causa.
Se o seu cão apresentar uma convulsão, não entre em panico.
Ele está inconsciente e não está sentindo dor.
Os cães não enrolam a língua – não coloque sua mão nem nenhum objeto na boca do seu animal. Ele ou você podem se machucar.
Afaste móveis para evitar que ele se machuque, se possível posicione uma almofada embaixo da cabeça dele, para evitar traumas cefálicos. Se ele estiver perto de uma escada, vão, ladeira ou piscina, mude-o de lugar para ele não cair.
Evite fazer barulho, pode agravar a convulsão.
Retire crianças e outros animais do ambiente.
Anote a duração e o que aconteceu durante a convulsão – estas informações são valiosas para o veterinário que vai examiná-lo.
Logo após uma convulsão, seu cão pode ficar desorientado e não te reconhecer. Em geral, se a convulsão for duradoura e severa, ele também pode ficar muito cansado.
Aproxime-se do seu cachorro, fale com a voz calma e tranquilize-o, conforte-o.
Em geral a convulsão não é uma emergência veterinária, mas seu animal deve ser examinado por um veterinário assim que possível.
Se a convulsão durar mais de 10 minutos, leve-o para atendimento emergencial.
Se não for detectada nenhuma causa para a convulsão (intoxicação, envenenamento, virose, parasitismo, doença hepática etc), ela é considerada idiopática.
Às vezes é necessário realizar vários exames complementares para buscar uma causa – exames de sangue, radiografia, tomografia e até ressonância magnética.
Quando não encontramos causa para as convulsões, diagnosticamos como epilepsia.
O objetivo do tratamento é reduzir a frequência e a severidade das convulsões. Nem sempre é possível eliminar completamente todas as convulsões. Nestes casos, usa-se medicação anti-convulsivante.
O tratamento deve ser recomendado e acompanhado pelo médico veterinário. É importante avaliar a toxidez das medicações e escolher a melhor opção.
Este diagnóstico não é uma “sentença de morte”! A epilepsia é uma doença crônica que pode ser controlada na grande maioria dos casos.
Como existe a possibilidade da epilepsia ser herdada geneticamente, evite que seu cão ou seus descendentes diretos reproduzam.
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