CBD, Canabidiol para cães e gatos, já ouviu falar?
CBD é a abreviação da palavra canabidiol, um princípio ativo derivado da planta cannabis.
A cannabis ou popularmente conhecida como maconha, é uma planta que possui mais de 100 compostos químicos chamados de canabinóides e os mais conhecidos são o CBD e o THC.
O CBD é uma substância natural e embora não haja dúvidas sobre seus benefícios no controle da dor, da ansiedade além de outras indicações para seres humanos, ainda há muitos pontos e dúvidas a serem esclarecidos sobre o uso do CBD para cães e gatos.
É possível que você já tenha ouvido falar dos inúmeros benefícios do CBD e como ele tem ajudado os humanos a lidar com diferentes doenças.
Por isso o CBD está avançando cada vez mais no campo dos tratamentos holísticos (para saber mais, clique aqui).
É importante ressaltar que nenhuma medicação, mesmo que natural, funciona como uma solução mágica, indicada para resolver todos os males, para todos os indivíduos.
Entendendo o CBD
Assim como os humanos, os cães e gatos também possuem sistemas endocanabinóides. O sistema endocanabinóide é uma rede de ativadores e receptores celulares que funcionam como reguladores de algumas funções fisiológicas como: humor, sono, dor, apetite e imunidade.
Nossos organismos, assim como o dos nossos pets, produzem canabinóides naturalmente – são os chamados endocanabinóides.
A planta Cannabis – CBD & THC
Ainda que existam alguns equívocos e preconceitos a respeito da planta cannabis, sabemos que são muitos os benefícios que o CBD pode oferecer.
Cannabis sativa L é o nome genérico da planta, mas ela possui muitas linhagens diferentes. Enquanto algumas linhagens produzem a maconha, que é ilegal no Brasil, outras linhagens produzem o cânhamo para fins terapêuticos e industriais (fabricação de tecidos, cordas, papéis etc).
O nome cannabis é um termo abrangente usado tanto para chamar o cânhamo quanto a planta da maconha.
Embora existam semelhanças entre a planta de cânhamo e a planta da maconha, também há diferenças e é fundamental reconhecê-las.
Apesar da planta cannabis geralmente conter CBD e THC (Tetrahidrocanabinol), as plantas de cannabis que contêm menos de 0,3% de THC são conhecidas como plantas de cânhamo (ou Hemp, em ingles). Antes de tudo, saiba que os produtos feitos das plantas de cânhamo são legais no Brasil.
Por mais que a planta da maconha seja mais conhecida por suas propriedades psicoativas, isso não quer dizer que ela também não tenha propriedades medicinais. São muitos os relatos de que a maconha ajuda vários indivíduos com diferentes problemas de saúde.
No entanto, ainda existe muito preconceito em relação à maconha, por ela ser comumente usada com objetivos recreativos.
Por outro lado, os produtos derivados da planta do cânhamo são considerados não-psicoativos, isto é eles não produzem nenhum efeito de “chapação”.
Quando o assunto é o CBD para gatos e cães, estamos nos referindo às formulações e produtos livres ou com baixas concentrações de THC . Logo, o CBD não deixará seu animal de estimação “doidão nem chapado”.
Além disso, queremos enfatizar que o uso terapêutico do CBD para cães e gatos já está legalizado no Brasil.
O uso da maconha é muito perigoso, desanconselhado e pode intoxicar seu animal.
Assim sendo, só se deve usar o CBD formulado especialmente para os pets.
Sem dúvida, o produto mais popular no mercado é o óleo de CBD que é uma substância líquida e na maioria das vezes utiliza-se com um conta-gotas.
O uso do conta-gotas permite dosar com mais precisão a quantidade de CBD para os cães e gatos.
Na maioria das vezes, o óleo de CBD é administrado por via oral, diretamente na boca ou misturado com a comida ou ao petisco favorito.
Efeitos e Benefícios do CBD
Infelizmente ainda não existem muitos estudos científicos publicados sobre os benefícios do CBD para saúde dos cães e gatos.
Em alguns países, o uso do CBD terapêutico para humanos é legal há alguns anos e são muitos os relatos de cães e gatos que apresentaram melhora de quadros como:
Artrite – dor articular
Dor neuropática (nervos)
Inflamação intestinal
Epilepsia e convulsões – controle e diminuição de medicamentos controlados, muitos estudos estão sendo realizados para confirmar.
Ansiedade – a propriedade mais estudada do CBD é sua capacidade de promover o relaxamento, esse efeito é observado tanto em humanos quanto nos nossos pets.
Náusea (enjôo) e estimulante do apetite – pacientes submetidos aos tratamentos quimioterápicos (entre outros casos) frequentemente apresentam vomitos e falta de apetite.
Efeitos colaterais do CBD
Como não existem 2 indivíduos iguais, sejam eles cães, gatos ou humanos, os animais podem reagir de maneira diferente ao CBD.
O principal efeito colateral do CBD é a possibilidade de deixar seu animal um pouco mais letárgico do que o habitual.
Normalmente, os efeitos colaterais são inexistentes ou extremamente leves.
CBD para venda: um alerta
Embora a popularidade dos produtos de CBD venha crescendo, precisamos alertar que nem todos os CBDs são produzidos da mesma forma. O CBD ainda não é controlado e regulamentado de forma precisa. Portanto, é totalmente possível que os produtos de CBD que você encontra disponíveis não sejam exatamente o que você está esperando.
Certifique-se de que o produto é 100% natural, testado e certificado por um laboratório que lhe dirá exatamente quanto de CBD contém em seu produto.
É fundamental consultar um(a) veterinário (a) em relação à indicação e dose adequada de CBD para seu animal de estimação.
No Brasil ainda não encontramos produtos nas prateleiras das petshops, à base de CBD. Só é possível através de formulações controladas em farmácias especializadas.
Em muitos países da Europa e dos EUA , existem petiscos, cápsulas, óleo, entre outras formulações disponíveis para a venda.
Vale ressaltar que cães e gatos só podem tomar o CBD derivado da planta de cânhamo. Produtos que são ricos em THC, como a maconha recreativa ou até mesmo a medicinal, podem intoxicar os animais!
Portanto, nunca ofereça maconha para seu cão ou gato, de nenhuma maneira!
Não deixe ele comer nem nunca permita que assoprem fumaça nem vapor na direção do seu animal pensando que isso o ajudará.
É bastante provável que brevemente tenhamos estudos publicados com todas as indicações, recomendações, cuidados e melhores aplicações do uso terapêutico do CBD para nossos queridos cães e gatos.
Converse com o(a) veterinário(a) que cuida da saúde do seu animal.
Leia mais →Fezes pastosas, moles ou diarreia…o que fazer?
Estes sintomas são muito comuns nos cães.
Existem muitas causas possíveis e a gravidade do quadro também é muito variável.
Alguns casos podem se resolver sozinhos, sem maiores problemas e outros precisam de atendimento veterinário, exames e tratamento mais prolongado.
Existe uma grande diferença entre fezes pastosas e diarreia.
Um animal pode evacuar fezes pastosas ou moles, somente 1 ou 2 vezes ao dia e isto não é diarreia.
A diarreia se caracteriza pelo aumento do volume das fezes, diminuição na consistência e/ou presença de líquido e aumento da freqüência das evacuações.
Frequentemente, o cheiro das fezes também é diferente, mais fétidas que o normal e o animal pode apresentar sinais de dificuldade para evacuar (tenesmo).
Eles também podem sentir dores abdominais, mas como sabemos (para saber mais, clique aqui), os cães e gatos raramente reclamam ou choram de dor. Eles ficam quietos e muitas vezes assumem uma postura “enroladinha”, alongam o corpo de vez em quando ou ficam inquietos, andando de um lado para o outro.
Muitas vezes, o animal também apresenta vômitos, que é o ato de expelir o conteúdo do estômago pela boca.
Os cães não têm tanta dificuldade para vomitar, como nós humanos. Além da posição quadrúpede facilitar o movimento (o alimento não precisa subir do estomago para a boca), faz parte do comportamento ancestral canino regurgitar o alimento que foi caçado para seus filhotes.
Quando o animal apresenta vômitos e diarreia, ele pode estar com um quadro de gastroenterite.
As causas de uma gastroenterite podem ser muito variadas.
As mais simples podem ser causadas por hábitos alimentares inadequados, como comer muita quantidade, comer rápido demais, comer itens não digeríveis, mudanças na dieta, comer lixo ou comida estragada, por exemplo.
As causas mais graves podem ser: infecções, viroses, parasitos (vermes), intoxicações, envenenamentos, diabetes, pancreatite, doença renal ou hepática e até câncer, entre outras.
Quando a causa é simples, os animais costumam se recuperar sozinhos.
Eles parecem ter uma sabedoria (que a nossa gula humana não permite) e ficam em jejum. Muitas vezes, basta esperar algumas horas, respeitar o jejum e tudo volta ao normal.
Às vezes, precisamos oferecer uma dieta leve, antes de voltar para a ração ou alimentação rotineira.
É fundamental realizar um tratamento e prevenção contra parasitos intestinais nos filhotes e pelo menos de 6/6 meses, nos adultos.
Saiba mais sobre filhotes, clicando aqui.
Mas se o quadro estiver acompanhado de prostração, presença de sangue nas fezes (muitas vezes, o aspecto é parecido com geleia de morango) e/ou muco (parece um catarro nas fezes), é importante levar o animal para atendimento veterinário.
Os vômitos e a diarreia podem levar o animal a um quadro de desidratação e desequilíbrio eletrolítico, especialmente se o animal for filhote ou idoso.
Se o quadro de vômitos for intenso, não adianta tentar medicar o animal por via oral, ele pode vomitar a medicação, antes mesmo dela fazer efeito.
Nestes casos, é fundamental que o animal seja examinado e medicado por um(a) médico(a) veterinário(a).
Pode ser necessário realizar exames complementares como hemograma, bioquímica, radiografias, ultrassonografia e colonoscopia para definir o diagnóstico e tratamento.
Leia mais →Cinomose
A cinomose é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus.
Esta virose só acomete os cães (lobos, furões, raposas também) e não se desenvolve em gatos e seres humanos.
Os sintomas podem ser muito variados pois o vírus afeta os sistemas respiratório, gastrointestinal e nervoso.
A transmissão se dá através do contato direto entre cães mas também pode ocorrer por contato com secreções dos olhos, narinas, urina, objetos contaminados e até pelo ar.
Os filhotes entre 3 e 6 meses costumam ser os mais acometidos, mas a cinomose pode ocorrer em qualquer idade, sexo e raça. Os idosos também ficam mais suscetíveis, especialmente se deixarem de ser vacinados.
A vacinação previne a doença, mas infelizmente no Brasil, muitos cães não são adequadamente vacinados.
Para saber mais sobre vacinação, clique aqui.
Os sintomas da cinomose podem ser brandos ou severos e geralmente os primeiros a serem notados são: secreção ocular e/ou nasal, dificuldade respiratória, tosse e prostração.
Ao longo do curso da doença podemos notar: inapetência, desidratação, vômitos, diarreia, incoordenação motora, convulsões, tremores musculares, paralisia entre outros.
Nem sempre é fácil fechar o diagnóstico pois muitos dos exames sofrem influências da imunidade do animal e podem não ser conclusivos. A história e sinais clínicos são muito importantes.
É preciso avaliar o estado geral do animal através de exames de sangue, RX tórax, exames das secreções e testes neurológicos.
Infelizmente não existe um tratamento específico para a cinomose, o objetivo é fortalecer o sistema imunológico do paciente e controlar as infecções secundárias. Dependendo da resistência do animal e da força do vírus, ele pode se recuperar. Alguns animais podem ficar com sequelas neurológicas como “tiques nervosos”, paralisias e convulsões (para saber mais, clique aqui).
Nestes casos, o tratamento com acupuntura ajuda muito.
É fundamental que o paciente se alimente bem e receba as medicações indicadas.
Os animais doentes devem ficar isolados para não contaminarem outros cães, assim como os potes de água e comida também devem ser desinfetados antes de serem usados por outros cachorros (água sanitária).
Os filhotes que ainda não terminaram o esquema de vacinação, não devem passear no chão da rua nem encontrar cães que não sabemos se são saudáveis e vacinados.
Se o seu animal está doente, não desanime e faça todo o tratamento indicado.
Na minha vida profissional já tratei diversos casos, com sucesso!
Vale a pena tentar!
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“Bichos!” – o episódio de hoje é sobre “Viajar com animais”
O objetivo desta série é informar, discutir e educar as pessoas que convivem com animais para melhorar a relação homem-animal, tornando-a mais rica e proveitosa para ambos os lados.
Para assistir o oitavo episódio da segunda temporada, clique aqui.
Quando você viaja, leva seus animais com você?
Ou eles ficam? Numa hospedagem, em casa ou na casa de parentes ou amigos?
Este assunto merece planejamento…
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E se o seu cachorro enjoa na viagem, não é motivo para não levá-lo!
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Primeiros Socorros e Emergências
Emergências podem acontecer a qualquer hora (em geral, nos piores momentos) e devemos estar preparados.
Alguns casos podem ser tratados em casa, outros precisam de assistência veterinária.
O mais importante é não deixar o quadro agravar, o que pode levar até a morte.
Em primeiro lugar, tenha o telefone de seu veterinário (ou da clínica) de confiança sempre a mão. Na dúvida, peça orientação. Se não conseguir contato imediatamente, procure uma clínica de plantão e sempre telefone antes. Se você não tiver carro, tenha a mão o telefone de algum transporte animal ou companhia de táxi que transporte animais.
Alguns casos podem ser resolvidos em casa: (mais…)
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