Eu sempre gosto de lembrar que a decisão de adotar ou comprar um animal de estimação deve ser tomada com muito cuidado e calma.

A responsabilidade e a duração desta parceria são muito grandes.

Quem já tem um gato ou cachorro (ou vários) sabe que o prazer e o amor vivenciados são enormes e inexplicáveis, só experimentando para saber.

Muito se fala sobre o bem estar para um gato ou cão de ter uma companhia da mesma espécie. É verdade, é interessante poder conviver com um semelhante. Mas esta decisão é sua, você deve estar com vontade de ter mais um animal. Até mesmo porque as vezes nem tudo sai como planejado… alguns animais simplesmente não se dão bem com outros. “É pessoal”!

Mas e quando resolvemos adquirir mais um? Que cuidados tomar?

Inicialmente, certifique-se que o animal está saudável, não corra o risco de levar uma doença infecto-contagiosa para casa e possivelmente contaminar seu antigo companheiro.

Pulgas, carrapatos e parasitos em geral (vermes, amebas, protozoários) também devem ser tratados antes de introduzir o novo animal na sua casa.

Os gatos podem apresentar algumas viroses (FiV, FelV e PIF) que podem ser diagnosticadas através de exames de sangue. Nem sempre um exame positivo significa que o novo animal não pode entrar na sua casa. Converse com seu/sua vet.

Evite fazer muita festa e carinhos no novato (vamos chamá-lo assim). Isto é muito normal, principalmente quando se trata de um filhote fofíssimo ou de um animal carente. O seu antigo companheiro pode sentir muito.

Mantenha “o reinado” do animal mais antigo, faça tudo para ele primeiro: alimentar, cumprimentar, colocar coleira, escovar, dar banho, medicações etc.

Com o passar do tempo, podemos até mudar esta dinâmica. Mas num primeiro momento é importante dar muita atenção para o(s) animal(is) mais antigo(s) na casa.

Alimente o novato em outra vasilha e em local separado, pelo menos nos primeiros dias. O alimento é muito importante para os animais.

É bastante interessante “apresentar” o cão novato ao seu antigo cachorro na rua, durante um passeio. Observe a reação dos 2 animais, se eles brincam, se cheiram e ficam a vontade.

No caso dos gatos, deixe o novato num cômodo separado mas evite lugares nobres como seu quarto ou a cozinha. É fundamental oferecer água, alimento e bandeja sanitária neste cômodo – lembre-se que estes itens não devem ficar grudados uns nos outros!

Coloque também uma caixa ou bolsa de transporte neste ambiente, para oferecer um refúgio seguro e para utilizarmos na próxima etapa de aproximação.

Para saber mais sobre caixa de transporte, clique aqui.

Importante! A caixa deve  estar limpa, sem cheiros de outros gatos! Mas lave somente com água e sabão neutro, não use desinfetantes nem produtos perfumados.

Esfregue um paninho limpo na região dos bigodes, cabeça e lateral do corpo do novato e leve para seu gato cheirar. Em seguida inverta, esfregue nos bigodes do seu gato e leve para o novato.

Repita esta operação várias vezes. O objetivo é fazer uma troca de cheiros entre eles, para a apresentação ser realizada aos poucos.

Você também pode escovar os  gatos com a mesma escova (bem macia, tipo escova de sapato).

Se o(s) gato(s) antigo(s) ficar(em) muito interessado(s), toda hora indo cheirar a porta deste cômodo, sem demonstrar sinais de agressividade (“bufar”, miar estranho), o próximo passo é deixar que eles se vejam, mas de preferência através de uma fresta na porta, vidro, tela ou então mantenha o novato na caixa/bolsa de transporte e deixe seu gato antigo se aproximar da caixa.

Se todos estiverem bem, sem demonstrarem sinais de medo e/ou agressividade, podemos deixá-los no mesmo ambeinte, mas sempre com supervisão.

Tenha almofadas, pedaços de papelão ou até mesmo use coleira para ter segurança e evitar conflitos.

Saiba mais sobre coleira para gatos, clicando aqui.

Nunca brigue com seus gatos se as reações estiverem exageradas e agressivas.

É natural para os gatos não aceitarem outros animais no seu território. O processo de aproximação pode demorar bastante, meses até!

Se tudo estiver correndo bem, comece a deixá-los no mesmo ambiente por cada vez mais tempo, sempre com supervisão.

Mantenha sempre opções de esconderijo como caixas de papelão, de transporte e “tocas” – elas oferecem conforto e segurança na hora do medo.

Lembre-se de falar com a voz doce e elogiar o comportamneto calmo deles.

Se o clima “esquentar”, separe-os (mas nunca use suas mãos, use um pedaço de papelão ou uma amofada, por ex.) e comece novamente mais tarde ou no dia seguinte.

Também é possível adaptar cães e gatos na mesma casa. A aproximação deve ser gradual e tomar muito cuidado para eles não se machucarem. O cão pode morder o gato, mas o gato também pode arranhar gravemente ou assustar demais o cachorro.

Os primeiros dias podem ser difíceis, mas geralmente eles acabam se dando bem. Ou pelo menos, se aceitando e convivendo harmonicamente.

É muito bacana ver animais brincando, se cheirando, se lambendo, enfim, interagindo com um ser da sua espécie. Afinal, nós os amamos muito, mas não falamos a mesma língua nem percebemos o mundo da mesma forma.

Para assistir o episódio da webserie “Bichos” do GShow, sobre este assunto, clique aqui.

Bichos 2

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Posso garantir que os animais sentem e vivenciam emoções.

Tristeza, dor, ansiedade, medo entre outras.

Mas não dá para afirmar que são as mesmas que nós humanos experimentamos.

É difícil acreditar que os cães e gatos não sintam as mesmas emoções que nós sentimos.

As emoções estão diretamente ligadas a mecanismos evolutivos essenciais à preservação das espécies.

Ao experimentar medo, por exemplo, os animais tomam decisões e agem para se sentir seguros.

Alguns sentimentos básicos são comuns à maioria dos animais, como o medo, a surpresa, a raiva, a alegria, a tristeza e o nojo. Se perguntarmos a algumas famílias com cachorros e gatos se eles sentem as mesmas emoções que nós, aposto que muitos responderão que sim, afirmando que seus animais sentem culpa, pena, vergonha, ciúme etc.

É justamente aí que reside o perigo de interpretarmos mal nossos animais, pois tentar se colocar sob o ponto de vista de outro indivíduo é sempre difícil, e quando este outro indivíduo é de outra espécie, a tarefa se torna ainda mais complexa.

Cada espécie enxerga, ouve, cheira, prova e sente o mundo de uma maneira diferente. Sabemos que a audição e o olfato dos cães e gatos são mais desenvolvidos que os nossos. Já o paladar deles é aproximadamente cinco vezes menos apurado. A visão também é bastante diferente.

Nós, humanos, sentimos o mundo de um jeito; os animais, de outro. As diferenças sensoriais entre eles e nós são enormes.

Outra grande diferença é a linguagem usada para comunicação.

Os cães são especialistas na leitura da linguagem corporal, mas eles compreendem muito pouco da nossa fala. Embora sejam capazes de aprender muitas palavras (mais de 200!), não entendem o sentido de uma frase longa.

O tom de voz –doce ou ríspido – é facilmente compreendido por um cão, mas exatamente o que o dono está dizendo…eles não entendem.

Outra questão recorrente é se os animais têm ou não consciência. A definição de consciência, segundo o Dicionário Aurélio, é: “Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade”.

Para simplificar, vamos classificar a consciência dos animais em três tipos:

1. Consciência Primária: percepções e sensações como raiva, sede, calor,
frio. Esse nível de consciência permite que o animal perceba o mundo
externo, se mantendo seguro e vivo.Os peixes, répteis e anfíbios são
dotados deste tipo de consciência.

2. Consciência Secundária: é a capacidade de refletir sobre as
experiências. Alegria, tristeza, medo, raiva e surpresa são exemplos de
sentimentos associados à consciência secundária.

3. Consciência Terciária: é a capacidade de pensar, expressar
sentimentos através da linguagem e da autoconsciência. Culpa,
embaraço, generosidade, compaixão, vergonha, orgulho são expressões
disso.

Estudos indicam que todos os mamíferos possuem as consciências primária e secundária. Já a consciência terciária, habilidade de vivenciar experiências pessoais, internas e subjetivas, requer alta inteligência. Até onde sabemos, do ponto de vista científico, os animais não possuem esta habilidade, presente unicamente nos seres humanos.

É quase impossível não confundirmos as nossas emoções com as dos cães e gatos, e esta atribuição de características humanas aos animais é chamada de antropomorfização. Inconscientemente, fazemos isto o tempo todo.

Os gatos sentem muito a chegada de um neném na casa, por exemplo. Mas prefiro interpretar suas atitudes estranhas (ex: urinar na cama do dono) como uma demonstração de que ele está precisando de atenção. Acho mais adequado que chamar o gato de ciumento.

Quando achamos que nosso cachorro está demonstrando vergonha, ciúme, orgulho e culpa, estamos lendo e interpretando os sinais corporais dele de acordo com o que conhecemos e sentimos. Pode ser difícil acreditar que seu cachorro não sente culpa quando você chega em casa e vê um xixi na sala.

Mas enxergue por outro ângulo: a postura submissa, o olhar de “coitadinho” e o rabo entre as pernas é a reação do cão à expressão enfurecida do seu dono/companheiro pela sujeira e o estrago causado. Experimente entrar em casa e fazer uma festa mesmo que encontre uma bagunça. Aposto que ele não expressará nenhuma culpa e ficará animado como se tivesse sendo elogiado.

Já foram realizados experimentos para comprovar que os cães reagiam de forma “culpada” mesmo quando a bagunça tinha sido feita por um pesquisador que entrava na casa da família enquanto ela estava fora.
Os cachorros não têm uma noção linear do tempo como nós. Cinco minutos após o fato, eles não relacionam mais o ocorrido à sua reação. Por isso o elogio deve ser sempre no ato, “no flagra”.

Quando os cães fazem aquela cara de “fiz besteira” e tentam nos agradar, é para tentar melhorar o clima conosco.

Como eles são animais sociais, viviam em grupos (matilhas), apresentam este comportamento para apaziguar a situação e voltar a ficar “de bem” para se ajudarem, como sempre fazem.

Já sabemos que os seres humanos não são as únicas espécies que podem exprimir emoções, mas ainda estamos longe de alcançar a compreensão total do universo afetivo dos animais.

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Todo mundo conhece a famosa frase: a saúde começa pela boca.

É verdade, no mundo animal também. Dentes e gengivas saudáveis são importantes para o animal mastigar e morder, mas também para manter seu  bicho saudável.

As bactérias presentes numa boca “doente” podem causar sérios problemas como infecções, doenças renais e até mesmo cardíacas. Segundo uma pesquisa americana, a escovação pode adicionar até 5 anos na vida de um cão.

Se você  nunca experimentou escovar os dentes do seu animal, comece aos pouquinhos.

  • Utilize uma escova pequena e bem macia
  • Ofereça um pouco de pasta de dentes para animais como petisco
  • “Escove” os dentes dele com pasta no seu dedo, inicialmente nos dentes superiores e priorizando as gengivas
  • Deixe-o cheirar, lamber e até mesmo morder (sem destruir) a escova
  • Escove os dentes superiores de trás para frente (priorize os molares) passando as cerdas da escova na linha entre a gengiva e os dentes
  • A escovação dura aproximadamente 30 segundos
  • Não insista em fazer o processo completo logo na primeira vez

Se você só conseguir escovar os molares superiores 3 vezes por semana já está contribuindo para evitar a doença periodontal.

ATENÇÃO! Se seu animal já está com mau hálito, gengivas inflamadas (as vezes até sangrando) e dentes escuros não inicie o processo de escovação. Consulte seu veterinário, realize a limpeza dos dentes e em seguida comece a acostumá-lo a escovar os dentes regularmente.

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Todos os cães do mundo conhecem a mesma linguagem. Não faz diferença se ele é francês, chines ou brasileiro.

Na Índia, podemos nos atrapalhar na hora da refeição, lá a maioria das pessoas come com mão. Mas se levarmos nosso cachorro conosco, ele vai saber exatamente como se comportar na frente de um cão indiano – quem for o cão líder comerá primeiro.

Quando dois cães se encontram (livres, sem coleira e guia) eles iniciam um ritual que parece uma dança. Eles rodam, se cheiram, as caudas ficam eretas, os pelos da “nuca” se eriçam e eles ficam atentos para se defender a qualquer momento. Eles evitam cruzar olhares enquanto (mais…)

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Estudos revelam que, em média, os cães possuem a inteligência equivalente a uma criança de 2 anos.

Nos cães, o nível de inteligência corresponde a capacidade de aprender comandos básicos, expressar suas vontades (nem sempre de forma clara para nós humanos) e interpretar algumas emoções das pessoas que convivem com eles.

Algumas raças apresentam habilidades  desenvolvidas a partir de objetivos específicos e muito treinamento, como cães-guia e cães de trabalho (polícia, bombeiro etc).

Os cães que desenvolvem atividades e enfrentam desafios são mais felizes que os cachorros entediados, sem nada para fazer (infelizmente, a maioria).

A capacidade mental e física deles é muito maior do que a maioria das pessoas imagina.

Quanto mais motivado e envolvido em atividades, menos problemas comportamentais!!

A melhor maneira de “ocupar” seu cão é ensinando comandos básicos, passeando bastante e oferecendo atividades interativas – se você não puder estar presente o tempo todo, existem alguns brinquedos disponíveis no mercado.

O objetivo da maioria destes brinquedos é fazer com que o cachorro descubra como fazer para um alimento sair de dentro deles. Alguns animais ficam bastante tempo entretidos (uma ótima opção é oferecer para o cão quando ele ficar sozinho).

As raças que mostraram melhor desempenho em pesquisas de inteligência canina foram:
1.  Border Collies
2.  Poodles
3.  Pastores Alemães
4.  Golden Retrievers
5.  Dobermans
6. Sheepdogs
7.  Labradores

A inteligência também é individual, assim como nos humanos. Isso significa que um vira-lata pode ser mais inteligente que um poodle, um  labrador mais esperto que um pastor e por aí vai…

Não podemos esquecer que se não for estimulado, nenhum cachorro (por mais inteligente que seja) vai saber nenhum truque.

EDUQUE SEU CÃO! Vale a pena!

 

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A agressividade é o distúrbio comportamental mais grave e frequente nos cães e gatos.

Muitas vezes, as famílias  não percebem que a agressividade está se manifestando aos poucos e se não forem adotadas medidas para tratar, a tendência é só aumentar.

É fundamental diagnosticar e começar a tratar assim que os primeiros sinais de agressividade aparecem.

Em primeiro lugar, devemos entender que algumas manifestações agressivas são normais, isto é, ocorrem dentro do contexto.

Um animal com dor pode não permitir que examinem e manipulem uma parte do seu corpo que está dolorida, por exemplo e isto não significa que ele é um animal agressivo. Ele pode simplesmente estar se comunicando, avisando e evitando sentir mais dor ainda.

Assim como um animal que defende seu território de invasores pode não ser considerado agressivo, ele pode estar exibindo um comportamento natural da sua espécie.

O número de acidentes e de animais abandonados por causa da agressividade, é muito alto. Tratar a agressividade diminui a taxa de abandono e promove uma melhor relação entre o animal e suas famílias.

Raramente a agressividade é causada por uma doença neurológica, metabólica ou até mesmo infecciosa, como a raiva.

Mas podem existir várias causas orgânicas que contribuem para um animal se comportar de forma agressiva, como alterações hormonais, infeccções e dores, por exemplo.

O comportamento de um animal se forma a partir da herança genética herdada da sua família somada ao ambiente e as experiências que ele viveu.

Assim que o filhote nasce ele já tem uma tendência comportamental, se ele for bem ensinado pela sua mãe (as mães caninas e felinas são as melhores educadoras!) e bem sociabilizado pela sua família humana, o filhote tende a se desenvolver de forma sociável e dócil.

É fundamental o filhote aprender a controlar a intensidade da mordida nas brincadeiras de morder com sua mãe e irmãos.

Um filhote não deve ser separado de sua família antes dos 60 dias.

Classificação

Estes tipos podem variar de acordo com as associações de diferentes países.

A maioria dos animais agressivos apresenta 2 ou mais tipos de agressividade:

  • Social – ocorre em cães. Era classificada como dominância, mas este conceito não é mais considerado correto. Envolve ansiedade e controle, é um cão que quer sempre testar sua posição. Ele acredita ter o direito e dever de controlar o ambiente. Noventa por cento destes casos, ocorre em cães machos.
  • Medrosa – ocorre em cães e gatos, é o segundo tipo mais comum. Em geral ocorre em animais que foram pouco socializados e/ou sofreram maus tratos ou traumas.
  • Territorial / Proteção – ocorre em cães. Em geral desejada e estimulada pelos donos que querem um cão de guarda. É normal dar o alarme, mas o ideal é ensinar ao cão quando parar – e eles são totalmente capazes de aprender este limite.
  • Entre animais – ocorre em cães e gatos. Quando eles vivem no mesmo ambiente, costuma se relacionar com uma disputa por atenção e recursos (alimento, local de descanso etc). Quando as brigas ocorrem na rua, os motivos podem ser muito variados, mas é possível socializar um cão que não tenha muitos amigos.

Quanto aos gatos, se eles brigam na rua, o ideal é não deixá-los sair! O risco de contaminação por viroses, acidentes e a ocorrência de machucados graves é muito alto.

  • Redirigida ou Irritável – ocorre em cães e gatos. Quando o animal não pode agredir seu alvo (por ex: expulsar um gato que passa na janela) ele agride o que estiver mais próximo. Acontece muito quando há briga entre animais e uma pessoa ou mesmo outro animal se aproxima para tentar separar (nunca separe uma briga com as mãos ou seu corpo! Prefira almofadas, pedaços de papelão, caixas etc).
  • Relacionada à comida – somente em cães. Ocorre uma proteção do seu alimento.
  • Possessiva – cães. Protege seus pertences, pode ser um brinquedo, um osso, o prato de comida ou até mesmo uma pessoa!
  • Predatória – cães e gatos. O instinto caçador permanece e pode se dirigir também a objetos em movimento (bicicletas, patins – cães e partes do corpo como tornozelos em gatos).
  • Idiopática – imprevisível, violenta de causa desconhecida.
  • Lúdica – cães e gatos. Inicia com brincadeira, mas o animal não sabe quando parar e acaba agredindo. Muito comum em animais que foram separados muito cedo de sua mãe e irmãos e não tiveram oportunidade de aprender os limites com eles.

Prevenção e Tratamento

Nem sempre a família que convive com o animal percebe os primeiros sinais de agressividade.

O veterinário ou até mesmo visitas podem perceber antes e a família deve prestar atenção neste “toque”.

A castração dos machos, foi por muitos anos uma das medidas principais a ser recomendada.

A testosterona (hormônio masculino) não é a causa da agressividade, mas pode funcionar como “pilha”, aumentando a intensidade da agressão.

Existe muita resistência para realizar a castração, principalmente em machos. Além do machismo estrutural., precisamos lembrar sempre que os animais não namoram, noivam e casam como nós humanos.

A reprodução ocorre exclusivamente para perpetuar a espécie. Os animais não precisam se reproduzir para “se completar como indivíduos”, para serem mais saudáveis ou outros mitos propagados por aí.

Em países com altos índices de animais abandonados, a castração é fundamental para controle de natalidade.

Nunca agrida ou dê broncas no seu animal por ser agressivo, só vai gerar mais tensão, ansiedade e agressividade.

Somos capazes de planejar e intervir para que a vida dele e a de toda família seja mais equilibrada, agindo de forma gentil e respeitosa.

Saiba mais sobre castração, clicando aqui.

Os cães que controlam o ambiente precisam conhecer as regras e costumes da casa e isto requer treinamento e disciplina – ensine alguns comando para seu cão (o senta é o mais fácil) e peça-o para sentar para receber sua atenção, seja com alimento, carinho ou brincadeiras.

Se ele não obedecer, não forneça o alimento, não dê carinho e  ignore-o. Nem olhe para ele. Mas não fique frustrado demonstrando sua insatisfação para ele!

Repita algumas vezes, mas quando ele não estiver mais interessado, é hora de parar.

É muito divertido treinar seu próprio cão, mas não hesite em contratar um profissional capacitado para ensinar você e seu cão como fazer mas certifique-se que ele não usará técnicas que envolvem punição, como trancos, puxões, broncas, enforcadores etc.

Saiba mais sobre adestramento, clicando aqui.

No caso de cães e gatos que confundem brincadeira com agressividade (lúdica), evite brincar de forma brusca.

Sempre dê o limite, sinalize para seu animal quando a brincadeira deve parar.

Evite brigar de luta com os filhotes, eles brincam muito desta forma entre eles, mas nós não dominamos a linguagem dos cães e acabamos confundindo-os sem sabermos indicar quando eles devem parar.

Se eles aprendem que brincar de morder é legal, vão continuar, vão crescer e podem acabar machucando alguém (especialmente idosos e crianças), mesmo que durante uma brincadeira.

Saiba mais sobre brincar de morder, clicando aqui.

A agressividade idiopática (quando não se sabe a causa) grave não tem tratamento e a melhor opção pode ser a eutanásia.

É muito difícil, mas é a solução mais humana e segura. Manter o animal preso, acorrentado e isolado de todos pode ser muito pior.

O animal acaba adoecendo e sofrendo sem receber assistência e tratamento.

Para todas as formas de agressividade, o ideal é intervir imediatamente.

A melhor maneira de lidar com cães que são insistentes e querem nossa atenção o tempo todo, é não dar atenção neste momento, não interagir, não falar nada e desviar o olhar.

Chame-o e dê atenção assim que ele se distrair, quando estiver relaxado.

Existem muitas maneiras de se divertir com seu cachorro!

O melhor reforço é elogiar sempre que ele se comportar de forma adequada, mesmo que ele esteja simplesmente sentado, tranquilo.

Se o seu animal está apresentando sinais de agressividade, evite todos os conflitos.

Se ele não gosta de determinada ação, como ser escovado, por ex., não insista.

Ele pode inclusive estar sentindo dor.

Se pararmos para pensar, vamos concordar que muitas vezes as pessoas forçam contato com um animal que estava sossegado, descansando, por exemplo.

Devemos orientar as crianças e desconhecidos sobre os limites e sempre respeitar a individualidade dos animais.

Ninguém gosta de ser perturbado enquanto está dormindo, não é mesmo?

SEMPRE SUPERVISIONE O CONTATO  COM CRIANÇAS, IDOSOS OU PESSOAS DESCONHECIDAS DO SEU CÃO.

PROCURE AJUDA PROFISSIONAL


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Além das cirurgias estéticas de orelhas e caudas nos cães, existem também cirurgias para minimizar alguns desconfortos causados pelos animais.

SOU COMPLETAMENTE CONTRA E EXPLICAREI PORQUE:

Remoção de unhas (gatos)

Os gatos arranham os móveis, troncos de árvores e mobílias para renovar as unhas (elas “desfolham”, trocam em camadas) e para marcar território (existem glandulas nas patas que deixam um cheiro no local percebido por outros gatos além dos arranhões serem marcas visuais).

As unhas retráteis também servem para defesa/ataque e permitem que os gatos façam acrobacias, se segurando pelas unhas.

Se seu gato arranha seu sofá e/ou machuca alguém com seus arranhões, existem várias alternativas muito melhores que retirar as unhas cirurgicamente.

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Muitos gatos usam o vaso sanitário. Alguns donos acham anti-higiênico, outros consideram prático.

Os gatos aprendem mais rápido que os cães o local adequado para urinar e defecar. Como eles enterram as fezes e urina (hábito antigo) a caixa sanitária com terra, areia ou similar é facilmente adotada pelos gatos ainda filhotes. Se a caixa sanitária estiver localizada num local de fácil acesso e sem obstáculos no caminho, os gatos tendem a usá-la sem problemas.

Se o gatinho ainda é muito filhote, vale a pena (mais…)

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Os cães são animais de companhia, mas as vezes, precisamos deixá-los sozinhos em casa.

Não há nada de errado nisso, eles são capazes de ficar sozinhos e em paz por aproximadamente 6 horas. Mas para isso, devemos ensiná-los, acostumá-los a ficar sós, da melhor maneira possível.

Eles têm pouco a fazer, principalmente  na nossa ausência (nós somos o entretenimento deles). Alguns aproveitam para tirar uma soneca, outros sofrem de tédio, estresse ou ansiedade de separação.

Como saber se o seu cão fica bem quando todo mundo sai de casa ?

Alguns animais não deixam dúvidas: móveis roídos, lixo revirado, objetos e papéis roubados ou até mesmo vomito, fezes e urina pela casa. Outros se lambem / mordem para “aliviar a tensão” . Há aqueles que demonstram insatisfação latindo, uivando e você vai ficar sabendo pelos vizinhos.

Se o seu cão fica entediado, ansioso, deprimido ou se transforma numa máquina de destruição quando fica sozinho, há o que fazer. Você deve promover um enriquecimento ambiental, isto é,  atividades para seu cão.

Sugestões:

  • deixe brinquedos interativos a disposição (recheados com petiscos, por exemplo – disponíveis nas petshops)
  • leve-o para passear (de preferencia um longo passeio) imediatamente antes de sair
  • brinque muito, canse-o !
  • se a sua casa costuma ter a TV ou o rádio ligado constantemente, deixe num canal ou estação usual, num volume baixo
  • deixe uma peça de roupa sua usada perto do local onde o animal dorme
  • o colete “Thundershirt” (à venda em algumas petshops e internet) também pode ajudar muito, mas primeiro precisamos acostumar o animal a usá-lo e tomar cuidado com os dias muito quentes. O colete é feito de um tecido elástico que pode esquentar demais.

Mas o mais importante é ensinar um animal a ser independente, acostume-o a ficar sozinho.

Se ele for do tipo “sombra”,  isto é, te segue dentro de casa,  troque de cômodo, feche a porta quando  e deixe-o sozinho por pelo menos 5 minutos.

Confunda-o: pegue a chave do carro e não saia, troque de sapato e deite no sofá, coloque a bolsa no ombro e sente para almoçar. Os cães vivem uma rotina e se acostumam muito a ela. Depois de ver muitas vezes o dono sair ele aprende  quais são os sinais de que vai ficar sozinho.

Quem tem cachorro sabe que eles percebem até quando estamos fazendo as malas para viajar…

Se ainda assim seu animal demonstrar desespero quando ficar só, procure ajuda veterinária.

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É uma delícia receber carinho de um gato, principalmente porque ele veio na sua direção e se esfregou na sua perna. Primeiro a cabeça depois o pescoço até chegar no final do seu lindo corpo as vezes com um pulinho no meio do caminho.
Você sabia que ele está se comunicando?
Os gatos possuem glandulas na testa, ao redor dos lábios, nas patas e nas laterais do corpo que secretam feromonios.
Estes feromonios atuam como comunicadores químicos.

Existem diferentes tipos com diversos significados que afetam o comportamento felino:

  • feromonios que indicam o status reprodutivo, isto é, a receptividade para acasalamento
  • marcadores de território e de objetos
  • sinais de conforto e familiaridade

Os feromonios são únicos, como a nossa impressão digital, cada gato tem o seu.  As glandulas da face secretam substancias com efeito calmante nos gatos. Quando eles esfregam a face em objetos ou pessoas deixam “uma marca olfativa”. O próximo gato que passar vai parar, cheirar, talvez se esfregar e identificar se o cheiro é de um gato conhecido, quando ele esteve por ali, em que direção estava se dirigindo e até perceber se estava de bom humor.

Quando os  gatos esfregam suas cabeças, uma contra a outra, pode ter certeza que estão confortáveis e fazendo questão de reforçar que são do mesmo grupo.

Quanto às esfregadas nas suas pernas…saiba que seu gato está te marcando…deixando um sinal de familiaridade e conforto!

Não é ótimo saber disso!?

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