Ração Comercial ou Dieta Caseira – alimentação natural?
Texto de Paloma Dalloz (nutricionista veterinária)
Eventualmente ouvimos alguém dizer: “Na minha época não havia tanta doença em cachorro, os animais morriam de velhice e comiam restos
da comida da casa”.
Não é bem assim…antigamente não existiam meios de diagnóstico como os de hoje, e quando nossos animais morriam não sabíamos se a causa era velhice ou doença.
Ao oferecer comida caseira corremos o risco de não oferecer ao nosso animal todos os nutrientes necessários para uma vida saudável. É difícil afirmar que existe uma relação direta entre a alimentação extrusada (rações industrializadas) e o aparecimento de novas enfermidades. Em humanos (e lá vamos nós nos comparar mais uma vez a cães e gatos ), sabemos que existe uma relação estreita entre alimentação industrializada e conservantes com neoplasias, diabetes e outras doenças.
Clinicamente, observo que animais que se alimentam de dieta caseira têm mais disposição e resistência imunológica. É possível formular dietas caseiras para cães e gatos com insuficiência renal ou urolitíases (cálculos urinários), diabéticos, obesos, cardiopatas, portadores de neoplasias e também formular dietas funcionais (quando usamos propriedades dos alimentos para melhorar a saúde do animal). Mas, para isto, é necessário balancear a dieta.
Como fazer uma dieta balanceada para um animal se não fazemos para nós mesmos? Ninguém come todos os dias a mesma coisa. Não pode! A variação de vitaminas e minerais é importante em qualquer organismo, até mesmo em nossos pets, então é preciso fazer com que os proprietários tenham conhecimento de quais alimentos podem ou não ser oferecidos ao animal, mantendo o equilíbrio da dieta sem refinar o paladar dos animais tornando-os exigentes demais. Nas rações, as necessidades energéticas diárias estão inclusas nas tabelas de quantidades diárias recomendadas por cada fabricante. A escolha do tipo de alimentação – se caseira ou industrializada – dependerá do estilo de vida do proprietário, do tempo disponível para se dedicar à alimentação, dos custos e da condição de saúde do animal.
Enterrar? Cremar?
Esse assunto é desagradável, mas temos que pensar nele.
Todos morreremos. Quando? Não sabemos. Mas temos certeza que seremos enterrados ou cremados de maneira apropriada. Já os animais…nem sempre.
A morte de um animal de estimação representa um momento muito difícil para a família, que precisa lidar simultaneamente com a perda afetiva e decisões de ordem prática, como a destinação do cadáver.
Os cadáveres de animais não devem ser dispensados como lixo comum. Primeiro, porque temos fortes laços afetivos, e em segundo lugar, porque microrganismos oriundos da decomposição de cadáveres (ou agentes etiológicos de algumas doenças que acometem os animais), podem contaminar o solo, lençóis freáticos e poços artesianos, pondo em risco a saúde da população.
É fundamental que o tutor do animal tome este cuidado e peça orientação para seu veterinário. Existem serviços de sepultamento e cremação disponíveis para todos os bolsos. É possível escolher uma lápide ou recolher as cinzas, de acordo com a vontade e possibilidades da família do animal.
Leia mais →Artrite
Este quadro acontece frequentemente: seu cão já não brinca tanto, mas come, bebe água e reage alegremente quando te vê. Ele está envelhecendo e é normal diminuir o ritmo.
Mas pode não ser exatamente isso que está acontecendo. Ele pode estar sentindo dor. Um estudo recente demonstrou que 20% dos cães apresenta artrite.
Os cães são muito bons em esconder que estão doentes ou sentindo dor. Ouço frequentemente dos proprietários que o animal não está reclamando ou chorando de dor. Eles raramente
demonstram. Para saber mais sobre dor, clique aqui.
Quando a dor é aguda (por exemplo, alguém pisa numa pata acidentalmente), eles avisam, mas se a dor é crônica eles se acostumam a conviver com ela.
Só de pensar me dá arrepios.
Existem algumas medidas para amenizar este quadro crônico:
- Diagnóstico – consulte se veterinário
- Piso anti-derrapante – é muito difícil para 1 cão com artrite levantar, fazer curvas e correr sem deslizar e sobrecarregar as articulações. É fácil comprar 1 borrachão ou virar 1 carpete e forrar as áreas que o cão circula. Também existem sapatinho e produtos anti-derrapantes para aplicar nas patas
- Cama macia – principalmente se o animal for magro
- Medicação – além de analgésicos e anti-inflamatórios existem suplementos que podem ajudar – consulte seu veterinário
- Acupuntura – além do efeito anti-inflamatório, pode modificar o limiar da dor, melhorando muito a qualidade de vida
- Exercícios leves – podem ajudar, mas cuidado: depende do estado geral do animal
- Controle de peso – a obesidade pode agravar o quadro de dor articular
Xixi no Tapete
Por Que os Cães Comem Grama?
Não existe um único motivo.
Antigamente, os cães caçavam e comiam toda presa, inclusive o conteúdo vegetal do trato digestivo delas.
A primeira explicação vem daí, os vegetais já fizeram parte da dieta dos cães.
Mas é muito comum o cachorro vomitar depois de “pastar”.
Será que eles comem grama para vomitar ou vomitam porque comeram grama?
Acredito que os cães gostem de comer grama e ela causa uma irritação no trato digestivo. Pode ser um devaneio comparar a grama com o “dedo na garganta”que nós, humanos, usamos para provocar o vomito.
Mas não duvido que os cães tenham percebido que quando comem grama vomitam, e a partir daí quando estão enjoados repetem a ação.
Há aqueles que SEMPRE comem grama, basta ter a oportunidade. Neste caso não acredito em enjoo, afinal ele não deve estar sempre enjoado .
Independente do motivo, comer grama é um hábito normal dos cães, não se preocupe.
Mas tome cuidado se a grama estiver pulverizada com inseticidas, fertilizantes ou qualquer produto químico que pode causar uma intoxicação.
Há também o risco de ingestão de plantas tóxicas (saiba mais em: http://www.bichosaudavel.com/plantas-toxicas-perigo-domestico/).
Leia mais →Cadela Parindo
Clique aqui para ver um video de uma cadela parindo
Não tenha duvida, presenciar um parto é realmente emocionante e inesquecível.
Mas acasalar sua cadela ou gata de estimação, nem sempre tem os melhores resultados. Reprodução é para profissionais. O risco de 1 filhote nascido na sua casa, com a melhor das intenções, ir parar na casa de (mais…)
Leia mais →Frequência de Banhos Nos Cães
A princípio, os cães devem tomar o menor número de banhos possível.
A pele deles possui uma proteção gordurosa que é retirada com o excesso de banhos.
Mas, tudo depende do seu cachorro, da sua casa e de você.
O tipo de pelo, o quanto se suja, se o cão vive dentro ou fora de casa, se tem acesso aos sofás e camas, se tem algum problema dermatológico e se gosta de água.
Alguns cães precisam de poucos banhos por ano enquanto outros necessitam de cuidados semanais.
O ideal é escovar muitas vezes, se possível uma vez ao dia. Enquanto escovamos, removemos pelos (que provavelmente cairiam pela casa) e sujeira, além de inspecionar e massagear a pele do seu cachorro (isto vale muito para os gatos).
A atenção dedicada a esta tarefa é importante para estabelecer uma relação de confiança entre o dono e seu cão.
Se o seu animal não gosta de tomar banho, experimente mudar um pouco a técnica, como esquentar a água, evitar jatos de mangueira ou chuveiro, usar uma banheira ou balde e seja muito paciente e gentil.
Associe ao momento chato do banho a sensações prazerosas!
Antes do seu animal demonstrar que está chateado ou ficar bravo, ofereça petiscos (micro pedaços, para poder oferecer várias vezes!), elogie, faça carinho! Vá com calma!
Se o seu cão detesta ir a petshop tomar banho, poupe-o desta obrigação! Considere dar banho em casa. Se você não tiver jeito para dar banho, procure saber se não há um profissional de confiança que possa ir a sua casa.
Para saber mais sobre banho em gatos, clique aqui.
Mas se estiver muito calor e seu cão gostar de água, divirtam-se!
Só preste atenção para a pele não ficar permanentemente úmida e seu cachorro desenvolver alguma dermatopatia (doença de pele).
Para saber mais sobre doenças de pele, clique aqui.
Leia mais →Cortando as Unhas
Será que dói? Vai sangrar?
Não é nada fácil cortar as unhas de cães e gatos! Muita gente prefere nem se aventurar! E com razão!
A maioria dos cães e gatos detesta manipulações nas patas, que além de serem muito sensíveis também são a base do animal no chão, sua segurança. É preciso que o animal tenha uma relação de muita confiança para se sentir confortável com quem manipula suas patas.
Nem sempre é necessário cortar as unhas dos cães, especialmente se elas entram em atrito com superfícies ásperas, como asfalto ou chão de pedras. Mas muitas vezes a unha equivalente ao nosso “dedão” não chega a encostar no chão ou o animal (infelizmente) não tem a oportunidade de correr em pisos ásperos e não gasta suas unhas naturamente. Estas aunhas podem crescer muito e até encravar na pele pois seu formato é arredondado.
Todos os gatos devem ter a oportunidade de usar arranhadores para marcar seu território com seus feromônios e marcas visuais, se alongar e renovar suas unhas, especialmente aqueles que vivem em apartamentos.
Mas muitas vezes é necessário aparar as unhas até para evitar que eles fiquem “presos” pelo “ganchinho” da unha numa colcha, por exemplo. Se o seu gato tem acesso a rua, pode ser o contrário…esses ganchinhos são fundamentais para ele escalar e até fugir de uma ameaça, se necessário.
Se for necessário cortar as unhas do seu cão ou gato, avalie se é melhor você mesmo cortar ou procurar ajuda profissional.
Na clínica ou na petshop, além da experiência de quem corta, o animal geralmente é posicionado em cima de uma mesa, e pode ser necessário utilizar técnicas de contenção gentis (com o mínimo de estresse) e acessórios como toalhas, petiscos e uma mordaça para a segurança de todos.
Mas frequentemente esta é uma situação de estresse. Os gatos costumam detestar sair de casa. Os cães geralmente gostam, mas preferem ir passear…passeio para ir à clínica ou pet shop…nem sempre.
Se você optar por cortar as unhas em casa mesmo, o ideal é acostumar seu animal desde filhote a diferentes manipulações. Sempre associe sensações prazerosas, como brincadeiras e petiscos e ao mesmo tempo mexa na boca, nas patas, orelhas e elogie enquanto ele permitir. Quando ele demonstrar incômodo, pare a manipulação e “mude de assunto”, deixando-o livre para se afastar ou emende numa brincadeira.
É preciso ser persistente e ter paciência. Apresente o cortador de unhas, deixe-o cheirar, lamber e ofereça pequenos pedaços de petiscos. Depois de algumas repetições, comece a cortar, só a pontinha. Tome cuidado para não atingir o vaso sanguíneo que pode sangrar bastante e causar dor se for cortado. Se a unha for preta e você não conseguir visualizar a área ideal de corte, primeiro aprenda com um profissional qual é o limite.
Tenha sempre em casa um produto para estancar o sangramento, como um pó hemostático e use se necessário. Eles estão disponíveis nas pet shops . Em caso de emergência, experimente “emassar” o local com sabonete ou até mesmo pingue uma gota de cola rápida, mas CUIDADO!
Só opte por cortar as unhas do seu cão ou gato se a experiência for tranquila. Não brigue nem contenha seu animal de estimação usando força, ferramentas como enforcadores ou mordaças nem várias pessoas segurando, ele não deve passar por esta situação de estresse e ainda existe o risco de alguém sair machucado.
Opte por um profissional que use técnicas de baixo estresse e corte as unhas do seu animal com seu segurança!
Leia mais →Ter ou Não Ter Um Animal?
Conviver com animais é maravilhoso. Não tenho nehuma duvida.
Mas a responsabilidade também é enorme. É uma vida que depende de você.
Então, esta é a decisão mais difícil: ter ou não ter?
Não se decide ter um animal de estimação enquanto se faz compras ou durante um passeio. Deve-se pensar muito bem, consultar todos os integrantes da família e chegar a uma decisão conjunta.
Ela não pode ser tomada por impulso. Por isso sou contra a venda de animais em vitrines e só de pensar em vendedores com filhotes na rua…socorro!
Muito antes de pensar na espécie e raça, deve-se considerar se “cabe” um animal na sua vida :
- a expectativa de vida de cães e gatos gira em torno de 15 anos
- em caso de viagem, mudança e até mesmo separação o animal deve ter onde ficar com segurança e carinho
- animais não são descartáveis nem vem com garantia! Eles podem adoecer e dar muito mais trabalho do que o esperado
- cães precisam passear, se divertir, se exercitar e socializar, mas não conseguem fazer nada disso sozinhos! É preciso se dedicar
Uma vez decidido, pense na espécie e na raça.
O fato do animal ser de raça, não garante que ele se comportará como se espera, mas é claro que as características físicas tendem a se manter.
São muitas as exceções. Eu conheço labradores agressivos e poodles que latem pouco.
EU AMO VIRA-LATAS!
Tanto caninos quanto felinos, eles geralmente são mais rústicos e simpáticos.
Eu sou a favor da adoção, sempre.
São muitas as ONGs, abrigos e pessoas bem intencionadas oferecendo animais para adoção.
A internet está cheia de opções.
Existem também órgãos oficiais da prefeitura do Rio, IJV (http://www.rio.rj.gov.br/web/vigilanciasanitaria/ijv) e SUBEM (http://www.rio.rj.gov.br/web/subem/exibeconteudo?id=4641086) que oferecem animais para adoção, com responsabilidade.
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