Eu recebo muitos emails com perguntas e dúvidas dos meus leitores.

Alguns assuntos são muito recorrentes, como os problemas de pele.

Os cães apresentam com muita frequência, prurido (coceira), feridas, falhas no pelo, mau cheiro na pele e crostas.

As causas são muito variadas, mas a alergia costuma ser a campeã!

É impossível avaliar e opinar sem examinar a pele de um animal.

Muitas vezes é necessário fazer exames complementares (raspados de pele, citologias, culturas, exames de sangue) para chegar ao diagnóstico e planejar o tratamento.

É fundamental levar seu cachorro para atendimento veterinário.

O aspecto da pele pode ser muito parecido entre 2 animais e a causa pode ser completamente diferente, por este motivo, não é recomendado seguir conselhos de algum amigo ou vizinho que está com problemas semelhantes.

Para saber mais, clique nos links abaixo:

Doenças de pele

Alergias

Pintas, manchas e bolinhas na pele

Comportamento: se coçar é normal?

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Há pouco tempo atrás, precisávamos nos preocupar com as pulgas no verão e com os carrapatos no inverno.

Agora, temos estas duas “pragas” presentes o ano inteiro! Os carrapatos também invadiram a cidade grande, os animais não precisam mais ir a um sítio ou fazenda para ficar infestados. Basta passear na rua, em qualquer lugar.

Estes parasitos não só chateiam como podem causar diversas doenças. Algumas realmente graves, podem até matar.

Por isso este assunto é tão importante.

PULGAS

O maior problema das pulgas é a velocidade que se multiplicam. Uma única pulga pode gerar até 3 milhões de descendentes em 2 meses!

As pulgas sugam sangue e uma só é capaz  de picar um cão ou gato muitas vezes em um dia. Além do risco de anemia e do incômodo das picadas, se o seu animal for alérgico (à saliva da pulga) pode desenvolver uma dermatite que coça muito. A coceira permanente leva a infecções na pele e perda de pelos.

O Dipilydium caninum é um verme transmitido pela pulga. Quando o animal se coça com a boca, acaba ingerindo a pulga e desenvolvendo a verminose. Esse verme pode ser comprido (20 a 60 cm) e seu corpo é dividido em proglotes (pedacinhos parecidos com um grão de arroz) que podem sair ativamente pelo ânus e ser encontrados nos pelos do animal.

dipilydium caninum


 

 

Para controlar a infestação devemos usar um produto no animal antes dele contrair as pulgas. Se ele já está apresentando pulgas, trate o animal e o ambiente. Não adianta só eliminar as pulgas do corpo do seu cão ou gato. As formas jovens da pulga (ovos, larvas e pupas) ficam no chão, nos tapetes, nas caminhas…

Existem muitos produtos seguros no mercado para aplicar no animal e para o ambiente. Se o problema ainda estiver no começo, é possível controlar a infestação aspirando a casa, fechando as frestas do chão (principalmente de tacos de madeira) e tratando o animal.

Quando a infestação é severa, é necessário contratar serviço profissional para desinsetizar o ambiente. Não se esqueça de programar a retirada dos animais da casa. Eles só devem retornar quando o veneno tiver sido completamente removido.

Cuidado com produtos tóxicos! Os talcos, xampus e coleiras a base de venenos devem ser usados com cautela. Dependendo da idade e da sensibilidade do seu animal, ele pode se intoxicar gravemente.

Quando nós escovamos, fazemos um carinho ou se durante o banho procuramos e não encontramos nenhuma pulga, não significa que seu animal está livre delas. As pulgas são rápidas, enquanto mexemos numa parte do corpo aqui, elas correm para o lado de lá…mas se você encontrar uns grãozinhos pretos, parecidos com pó de café principalmente na região próxima da cauda: seu animal tem pulgas!

Estas são as fezes delas (ECA!) que se molhadas parecem ferrugem ou até mesmo sangue.

CARRAPATOS

Assim como as pulgas, eles também são hematófagos, isto é, se alimentam de sangue (inclusive dos humanos). Além da reação no local da picada, podem transmitir doenças.

Nos animais, as mais comuns aqui no Brasil são a erlichiose e a babesiose, causadas por hematozoários (parasitos do sangue). No ser humano as doenças transmitidas pelo carrapato são a Febre Maculosa  e a Doença de Lyme.  Todas estas doenças podem levar a um quadro grave e até matar se não tratadas a tempo. Elas não são transmitidas de pessoas para animais e vice versa. A transmissão ocorre exclusivamente pela picada do carrapato (no homem, ele precisa ficar pelo menos 4 horas preso à pele).

Por isso a prevenção é tão importante.

Existem vários produtos no mercado para controlar a infestação por carrapatos, converse com seu veterinário.

É importante lembrar que os medicamentos para grandes animais (gado, cavalo) não devem ser usados em cães e gatos pelo alto risco de intoxicação. Também não existe injeção ou “vacina” para carrapato. Existem drogas injetáveis de uso em grandes animais que não devem ser usadas em cães e gatos.

Controle o ambiente e observe se há carrapatos nos muros, frestas de portas, portões e quinas de paredes. As vezes é necessário desinsetizar de 15 em 15 dias até não encontrar mais carrapatos no ambiente.

Inspecione a pele do seu animal e se encontrar um carrapato retire-o com o cuidado para não deixar o aparelho bucal aderido à pele (se precisar, peça ajuda ao seu veterinário).

As “doenças do carrapato” podem demorar muito tempo para se manifestar. Se o seu animal já teve carrapato e está desanimado, inapetente e com febre, procure seu veterinário e comente sobre o assunto. Um simples hemograma pode ajudar a diagnosticar precocemente e neste caso o tratamento é muito simples.

Os gatos raramente apresentam carrapatos pela sua habilidade de se limpar e retirá-los o quanto antes.

Mantenha seu animal livre de pulgas e carrapatos, assim ele ficará mais saudável!


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focinho do cachorro
rabo do gato