Dor em Cães e Gatos, como identificar?
A dor é uma sensação desagradável que sentimos quando ocorre uma estimulação em terminações nervosas específicas, os receptores da dor.
Em geral, ela é causada por uma irritação, inflamação ou dano em alguma estrutura do corpo.
A dor é um mecanismo de proteção para o animal tentar se proteger e evitar um dano maior.
O limiar (limite) de dor e sua percepção são muito variáveis entre os indivíduos. Sabemos que existem pessoas que suportam muita mais a dor do que outras.
Com os animais também funciona assim.
Na maioria das vezes os gatos parecem ser mais resistentes à dor do que os cães.
É praticamente impossível mensurar a dor que os animais sentem, os testes realizados com seres humanos dependem do depoimento de cada um e como sabemos, os cães e gatos não falam.
A dor pode ter causas muito diferentes como: traumas, queimaduras, inflamações, estiramentos musculares etc.
Todas as regiões do corpo podem ser afetadas como: articulações, ossos, músculos, pele, olhos, ouvidos, tórax, abdome etc.
Os animais podem manifestar sintomas de dor de diferentes formas e precisamos ficar muito atentos!
Na natureza, os animais não costumam demonstrar sinais claros de dor para evitar que sejam presas fáceis.
A tolerância individual e a personalidade de cada animal vai determinar como ele vai se expressar.
Raramente um cão ou gato grita, chora ou reclama de dor.
Isto ocorre com frequência quando a dor é aguda, como num pisão de cauda acidental, por exemplo.
Na maioria das vezes os animais ficam quietos, se mexem pouco e evitam ser manipulados. Eles podem evitar contato e até demonstrar agressividade.
Preste atenção se ocorrer uma diminuição do apetite, mudança nos padrões respiratório e cardíaco (muito rápido, em geral).
Se a dor for numa extremidade (numa das patas, por exemplo) o animal pode lamber, morder, mancar e ficar mexendo insistentemente no local.
Para identificar a dor e diagnosticar sua causa, é fundamental levar seu animal para atendimento veterinário.
Se não houver um motivo evidente, como um trauma, uma pata quebrada, por exemplo, o seu animal deve ser examinado detalhadamente.
O(a) veterinário(a) vai precisar saber o que aconteceu (histórico), fazer um exame físico e em muitos casos, pode ser necessário realizar exames complementares (radiografia, ultrassonografia, exames de sangue).
Durante a consulta veterinária, examinamos o animal atentos a alguns sinais, como uma virada rápida de cabeça, um olhar diferente, um “puxão” na região dolorida etc.
Se o animal estiver sentindo muita dor, é fundamental que a manipulação e transporte sejam feitos com muito cuidado e segurança.
O tratamento da dor, depende muito da sua causa.
O uso de analgésicos é indicado, mas muitas medicações humanas são tóxicas e contra-indicadas para o uso em cães e gatos.
As doses podem variar muito entre as espécies.
NUNCA MEDIQUE SEU ANIMAL SEM ORIENTAÇÃO VETERINÁRIA!
Após o atendimento veterinário, siga as recomendações e evite agitar muito seu animal.
Se ele estiver muito quieto, pode ser que ainda esteja sentindo dor, entre em contato com o(a) veterinário(a) que está tratando dele.
Facilite o acesso ao alimento, água e “banheiro”, mas cuidado para não deixar tudo muito perto, os animais não costumam gostar de dormir e comer perto de fezes e urina.
Não use fórmulas caseiras e “milagrosas” que prometem salvar seu animal. Pode ser perigoso.
O catnip, a erva do gato, apresenta propriedades analgésicas. Ele pode ser oferecido para auxiliar o controle da dor e oferecer conforto para seu gato, mas não é uma medicação indicada para tratamento da dor. Para saber mais sobre catnip, clique aqui.
Na dúvida, eu sempre prefiro usar analgésicos do que correr o risco de deixar um animal com dor, sem que a gente perceba. Me corta o coração.
Animais mais velhos que sofrem de doença articular (artrose), tendem a sentir dor crônica, constantemente, sem reclamar (para saber mais, clique aqui).
É muito importante ficar atento e fazer tudo que estiver ao nosso alcance para oferecer alívio e conforto para nossos queridos animais.
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