Piometra é o termo usado na veterinária para a infecção uterina nas cadela e gatas.
A infecção pode ser aberta, se o conteúdo do útero (em geral pus e sangue) drena pela vagina ou fechada, quando a cervix mantém esta secreção dentro do útero.
Este quadro pode ser muito grave, oferecendo risco de vida.
A piometra fechada costuma ser mais grave e caracteriza uma emergência porque os tutores demoram mais tempo para identificar a doença.
Neste caso a infecção avança, deixando a fêmea muito prostrada, com febre e inapetente.
Quando percebe-se uma descarga vaginal purulenta (parece corrimento de leite condensado), procura-se atendimento veterinário, mais rapidamente.
Na maioria das vezes, quando tratadas imediatamente, as fêmeas sobrevivem.
As únicas fêmeas que não correm o risco de desenvolver piometra, são as castradas (saiba mais clicando aqui).

Se a sua fêmea não é castrada, fique atento aos seguintes sinais:

  • descarga vaginal
  • falta de apetite
  • letargia
  • vomitos
  • depressão
  • diarreia
  • polidipsia (muita ingestão de água)
Estes sintomas podem ser comuns a diversas outras causas, entre em contato com o(a) veterinário(a) que cuida do seu animal.
O diagnóstico é realizado através do histórico (quando começaram os sintomas, se a fêmea é castrada, quando foi o último cio, se foi observado algum corrimento, se a fêmea está se lambendo excessivamente etc), do exame físico (avaliação de febre, palpação abdominal, exame da vulva) e de exames complementares.
Os exames de sangue avaliam se há infecção, alteração na função renal (consequência frequente da piometra) e o estado geral do paciente.
A ultrassonografia é o exame de eleição para avaliar se há conteúdo no útero (pus ou filhotes!). Também é possível examinar através da radiografia.
O tratamento costuma ser cirúrgico, para retirar o útero infectado. Também é necessário o uso de antibióticos e medicação de suporte.

Não é recomendado somente o tratamento com medicações para evitar recidiva, que é muito frequente.

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Você já viu um cão ou gato numa posição estranha, sentado com as patas de trás esticadas para frente, arrastando a “bunda” no chão?

Alguns animais se deslocam por alguns metros assim!

Esta movimentação ocorre com frequência e pode ter diferentes causas.

Antes de se preocupar com algum motivo patológico, certifique-se que não tem nada preso nos pelos ou até mesmo no ânus, como um fio de cabelo, fezes, papel, carrapato etc.

Os animais ficam extremamente desconfortáveis se não conseguem se livrar  de algo assim.

Se não houver nada incomodando, precisamos investigar um pouco mais.

Qualquer irritação, dor ou prurido (coceira) nesta região pode fazer  o animal se comportar assim.

A maioria dos tutores de animais pensa logo num caso de verminose.

O verme transmitido pelas pulgas, o Dipilydium caninum, de fato pode causar prurido, pois as proglotes (pequenos “pedaços”) da tênia saem ativamente pelo ânus, causando bastante desconforto.

Neste caso, é fundamental vermifugar o animal e controlar a infestação pelas pulgas (saiba mais, clicando aqui).

Outra causa bastante frequente é a inflamação das glândulas adanais.

Elas se localizam ao lado do ânus e produzem uma secreção fétida (chamo “carinhosamente” de bacalhau!) que é normalmente expelida durante a defecação e serve como comunicação entre os animais.

Alguns cães e gatos também podem eliminar esta secreção quando contraem o ânus – pode ser entrando no carro, pulando ou numa situação de medo.

Se houver alguma alteração nesta região ao redor do ânus (vermelhidão, inchaço, secreção), leve seu animal para atendimento veterinário.

Além do odor fétido e do “arrastar” no chão, ele pode estar sentindo muita dor.

Se o sintoma for recorrente, pode ser necessário remover as glândulas cirurgicamente.

 

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Quando realizamos uma cirurgia abdominal para um cão ou gato precisamos nos preocupar com o pós-operatório.

Os animais se recuperam mais rapidamente e mais facilmente que nós humanos, mas no que diz respeito ao repouso e à obediência às recomendações… eles são terríveis!

Já postei aqui sobre o colar Elizabetano ou abajur (saiba mais, clicando aqui) que é uma opção de proteção para ferimentos e curativos.

Mas quando a lesão (ou ferida cirúrgica) está localizada no abdome podemos trocar o desconforto do colar por uma roupa cirúrgica.

Atualmente existem várias opções a venda nas petshops.

Elas costumam ser feitas de malha e podem ser fechadas com velcro, zíper e os acabamentos podem ser de elástico ou de malha sanfonada.

Os modelos são diferentes para os machos e fêmeas. A abertura para o animal urinar deve ser em local diferente.

Mas nem sempre é possível comprar uma roupa cirúrgica pronta.

Durante muitos anos, ensinei os tutores de fêmeas a fazer as roupas em casa, então vamos lá:

  • corte um retângulo de malha, do comprimento do corpo do seu animal (meça a distancia entre as patas dianteiras e traseiras) – pode ser as costas de uma camiseta ou camisola
  • faça 2 furos pequenos para as patas dianteiras e 2 para as traseiras, confira também a distancia entre as patas (é melhor que os furos sejam pequenos, a malha cederá de acordo com a necessidade)
  • corte tirinhas nas 2 lateraisroupinha cirurgica
  • vista no animal e amarre as fitinhas nas “costas” para a roupa ficar justa ao corpo
  • faça acabamentos na região interna das coxas para deixar um espaço para o animal urinar,sem sujar a roupa – podemos usar esparadrapo, fita crepe ou costurar

É fundamental que a roupa fique justa para o animal não retirá-la com muita facilidade.

A barriga precisa ficar totalmente coberta, protegida.

Se os furos para as patas ficarem grandes, também fica fácil, fácil de tirar.

Nunca consegui fazer um modelo infalível para cirurgia abdominal dos machos, porque a “passagem” para a urina fica muito próxima da cicatriz cirúrgica.

Mas confesso que não sou uma boa costureira…

Mas existem ótimas roupinhas para os machos, no mercado pet.

A opção de colocar uma faixa na cintura é tentadora e muito simples, mas não costuma dar muito certo. A faixa “anda” para cima ou para baixo e a cicatriz fica exposta.

Atualmente existem proteções específicas para as patas, quando o animal faz uma cirurgia ortopédica  ou está com uma lesão nos membros inferiores ou superiores.

A princípio, os gatos detestam qualquer acessório, mas são capazes de se acostumar.

Inicialmente eles ficam imóveis, parecem estátuas, mas aos pouquinhos se adaptam à roupa.

O mais importante é proteger a cicatriz, seja com a roupa ou através do colar.

Os animais tendem a “checar” com a boca qualquer desconforto e a probabilidade de lamberem e/ou retirarem os pontos é muito alta.

Não podemos correr este risco!

 

 

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Você já deve ter visto algum cachorro passeando na rua com um colar, parecido com um abajur no pescoço.

O nome é colar Elizabetano em homenagem à rainha Elizabeth que usava golas enormes ou como diz a lenda, precisou usar um apetrecho semelhante para evitar que roesse as unhas dos pés(!!!).

Este colar é fundamental para evitar que os cães e gatos se mordam, se cocem ou se lambam exageradamente.

Em algumas situações é impossível que uma lesão cicatrize se o animal continuar mordendo ou lambendo o tempo todo.

Nos casos de tratamentos oftálmicos (nos olhos) também é muito importante, os animais tendem a passar as patas e esfregar os olhos quando sentem dor ou coceira.

Também recomendamos seu uso em alguns pós-operatórios para que eles não arranquem os pontos com os dentes.

Os animais usam a boca para conferir qualquer novidade ou sensação diferente no seu corpo.

Se um papel gruda no pelo, por ex., eles rapidamente retiram com a boca.

Quando eles sentem algum prurido (coceira) ou dor, a reação é a mesma.

E não há limites! Eles são capazes de se coçarem até surgir uma ferida!

Já vi um caso tão grave, em que o animal se mordeu tanto, que precisamos amputar a ponta da sua cauda (um caso de automutilação).

Nestes casos, é preciso investigar se o animal está sofrendo de um comportamento compulsivo -saiba mais, clicando aqui.

Para evitar estas situações, recomendamos o uso do colar Elizabetano.

Existem colares de diferentes modelos: de plástico duro, opaco, transparente, de nylon acolchoado, de acetato e até os feitos em casa.colar elizabetano nylon

Não sei dizer qual é o melhor, depende muito de cada animal.

Mas se o seu animal for muito pequeno (ou um gato) certifique-se que o colar não é muito pesado.

É fundamental que o tamanho do colar ultrapasse a ponta do focinho, senão não adianta, ele pode alcançar a lesão com a boca.

Por este motivo, sugiro que o animal vá a petshop e experimente diferentes modelos e tamanhos para escolher o mais adequado.

A adaptação nem sempre é fácil, mas eu costumo recomendar que se coloque o colar e só retire quando não for mais necessário.

Eu também morro de pena, mas a maioria dos animais acaba se acostumando com o uso contínuo.

Os primeiros momentos podem ser difíceis, eles batem nas paredes, nas portas e nas nossas pernas (use calças!).

Eles costumam se atrapalhar para comer e para deitar, mas podemos ajudar subindo o pote de comida (apoiando em cima de um suporte) e oferecendo um “travesseiro”.

CESTINHOEu percebo que quando retiramos o colar, o animal fica super feliz, mas ao recolocar ele sofre para se adaptar de novo.

Se deixarmos direto, eles se adaptam mais rápido.

Se numa emergência você precisar de um colar e não tiver como comprar, experimente fazê-lo em casa.

Para os cães, podemos usar baldes (eu gosto também dos “cestinhos”, por serem bem leves e permitirem a visão lateral), mas é importante medir o comprimento do focinho.

Basta cortar o fundo e adaptar alças para passar a coleira no pescoço.

Para os gatos ou cachorros muito pequenos, podemos usar radiografias antigas, um plástico grosso ou até mesmo uma cartolina firme.

Cortamos um arco e em seguida unimos as pontas com uma fita colante, isso pode ser feito diretamente no pescoço do animal, para não precisar da coleira.

Pode ser necessário cortar, “derreter” ou proteger pontas que possam machucar a pele do seu animal.

Em algumas situações é possível proteger a lesão com um curativo ao invés de usar o colar, como vestir uma meia numa pata machucada, por ex.

Mas alguns animais comem a meia e alcançam a ferida em 2 minutos!

Outra alternativa é utilizar uma roupa cirúrgica para proteger a cicatriz de uma cirurgia abdominal (para saber mais, clique aqui).

Os cães costumam aceitar bem a roupa, mas os gatos tendem a virar estátua!

Avalie a melhor opção e converse com o/a veterinário/a do seu animal.

 

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O oto-hematoma é um acúmulo de sangue entre a cartilagem da orelha e a pele .

O aspecto da orelha fica inchado, muito semelhante a um pastel e percebemos que o espaço está cheio de líquido, que na verdade, é sangue.

Ele pode ocorrer em cães e gatos, mas os cães com as orelhas compridas desenvolvem com mais frequência.

oto-hematoma

Não sabemos exatamente porque ele se forma, mas qualquer motivo que faça o animal sacudir a cabeça (as orelhas) e/ou coçar muito, pode levar a formação do oto-hematoma.

Na maioria das vezes, a causa da coceira (ou dor) nas orelhas é uma infecção (otite) ou a presença da sarna de ouvido.

Alguns animais sentem dor quando encostamos na orelha afetada, outros não.

De qualquer maneira, eles sentem um incômodo porque a orelha fica pesada e a cabeça tende a ficar inclinada para o lado afetado.

É fundamental identificar a causa inicial, levando seu animal para ser examinado por um(a) veterinário(a).

Deve-se tratar a causa inicial, deixando o animal sem dor ou prurido (coceira).

Quanto ao tratamento do hematoma, há diferentes condutas.

Alguns veterinários realizam uma punção com agulha, mas na maioria dos casos, o hematoma recidiva (volta a aparecer).

Também é possível drenar o sangue e aplicar algumas drogas no local, mas o risco de recidiva também é grande.

Eu prefiro esperar que o sangue seja reabsorvido, mas este processo pode demorar bastante tempo (aproximadamente 1 mês) e na maioria das vezes, a orelha fica deformada, enrugada.

Existem diferentes técnicas cirúrgicas para drenar o hematoma e evitar que a orelha fique deformada.

Mas infelizmente o pós-operatório é trabalhoso, o animal precisa usar um curativo grande, incomodo, que parece uma touca.

A escolha do tratamento deve ser realizada em conjunto com o(a) veterinário(a), de acordo com as características da lesão e do seu animal.

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Normalmente, os filhotes machos de cão e gato nascem com 2 testículos na bolsa escrotal.

Mas alguns animais podem apresentar somente um testículo na bolsa ou até mesmo nenhum.

Os testículos se desenvolvem no abdômen do filhote (durante a gestação da sua mãe) mas precisam “descer” até a bolsa escrotal para não sofrerem com a temperatura interna (e alta) do corpo.

Se isto não ocorrer até aproximadamente os 2 meses de vida do filhote, dificilmente ocorrerá…

O(s) testículo(s) que não encontramos na bolsa escrotal, pode(m) estar localizado(s) no abdômen ou no canal inguinal (na região da virilha) do filhote.

Este(s) testículos(s) podem ser funcionais ou não, isto é, o cão pode cruzar e gerar filhotes, mas existe o risco dele(s) causar(em) problemas no futuro (principalmente o desenvolvimento de tumores), se não for(em) removido(s) cirurgicamente.

O Criptorquidismo (também chamado de monorquidismo, se for um testículo só) é genético e por este motivo se recomenda a retirada dos 2 testículos deste animal, para evitar que ele se reproduza.

O diagnóstico costuma ser feito logo na primeira consulta, quando o/a veterinário/a examina o filhote e não consegue palpar os 2 testículos na bolsa escrotal.

Quando também não sentimos a presença de um ou 2 testículos na região da virilha do animal, precisamos realizar um exame de ultrassonografia para confirmar a presença do(s) testículo(s) no abdômen.

O tratamento recomendado é retirada cirúrgica dos 2 testículos, através da castração.

Para saber mais sobre castração, clique aqui.

A incidência de criptorquidismo é muito maior nos cães do que nos gatos.

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A procura por terapias chamadas “alternativas” vem crescendo na veterinária, assim como na medicina humana.

Muitas pessoas se interessam e até preferem este tipo de tratamento para seus cães e gatos.

Especialmente quando o problema é comportamental.

No tratamento comportamental, precisamos lançar mão de várias técnicas: comunicação clara, adestramento, mudanças na rotina, melhorias na qualidade de vida do animal e eventualmente, medicação.

Infelizmente, não existe um único tratamento, precisamos aliar diferentes estratégias para alcançarmos a melhora desejada.

Não tenho duvidas que a acupuntura, a homeopatia, a terapia Floral, a fitoterapia e as massagens são benéficas.

Mas é muito importante tomar cuidado e não usar tratamentos “naturais” sem que a(o) veterinária(o) de seu animal saiba.

Não é por ser natural que significa que não oferece riscos para a saúde.

O arsênico é natural e pode matar!!!

A cultura brasileira e a sabedoria popular recomendam o uso de ervas para “todos os males e todos os fins”!

É importante lembrar que as ervas podem estar contaminadas por pesticidas, fertilizantes e bactérias. O que pode piorar o estado de saúde do seu animal.

A origem e as dosagens não costumam ser controladas e os efeitos indesejados podem ser piores que o efeito esperado.

Os efeitos colaterais mais comuns são digestivos podendo causar vômitos e diarreia.

A acupuntura ajuda a controlar a dor, entre outros benefícios, especialmente em processos crônicos.

Eu tenho uma experiência pessoal espetacular. Recomendo a acupuntura para muitos dos meus pacientes, com um resultado muito bom.

Os terapeutas florais e os homeopatas precisam ter formação e experiência para praticar.

Não é por oferecerem poucos efeitos colaterais que qualquer “curioso” pode medicar um animal doente.

Se você tiver interesse, converse com a(o) veterinária(o)o do seu(s) animal(is) e peça uma indicação de um profissional capacitado.

 

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As alergias são muito comuns nos cães e gatos.

Tenho a impressão, que atualmente elas são mais frequentes do que eram há 15 anos atrás.

Muitas reações alérgicas se manifestam através de infecções de ouvido, de pele e prurido (coceira).

Infelizmente as alergias não costumam ser totalmente curadas e sim, controladas. Precisamos lidar com elas durante toda a vida do nosso animal de estimação.

Em geral, o tratamento é frustrante. Isto ocorre porque não existe uma medicação eficaz ideal para tratar os cães e gatos alérgicos.

Os anti-histamínicos não costumam causar um bom resultado. Os corticóides funcionam muito bem, mas os efeitos colaterais são muitos e indesejados.

O tratamento através de vacinas é uma boa opção, mas requer dedicação e pode demorar 6 meses para percebermos uma melhora significativa.

Muitos animais alérgicos apresentam alergias a várias substancias.

Antigamente, a “culpa” era sempre dos produtos de limpeza.

Atualmente sabemos que o “campeão” das alergias é o ectoparasito, isto é, pulgas e carrapatos (saiba como controlar estas “pragas” clicando aqui).

Outra causa comum de alergia em cães é a dieta. A fonte proteica da ração e os grãos podem ser alergênicos para alguns animais.

Existem animais alérgicos a poeira, pólen, ácaros e plantas (grama, especialmente).

O diagnóstico de alergia pode ser trabalhoso e demorado, mas vale a pena definir a causa para traçar o melhor tratamento.

Saiba mais sobre outras doenças de pele, clicando aqui.

Se o seu animal se coça, não arrisque usar medicações caseiras e recomendadas por amigos, leve-o para atendimento veterinário.

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Esta é uma decisão que deve ser sempre tomada junto com o/a veterinário/a do seu animal.

Na maioria das vezes, a família sabe quais as opções mais fáceis para seu animal e hoje em dia ainda podemos manipular os medicamentos em diversas formas. Existem animais que tomam líquidos muito bem, outros que espumam, babam, cospem…e o pior é quando não sabemos ao certo se ele tomou ou não.

Outros animais comem qualquer coisa gostosa, mesmo que tenha um remédio amargo misturado.

Os mais seletivos, comem o alimento gostoso e deixam o comprimido no fundo do prato. Há ainda aqueles animais que escondem o comprimido e cospem num lugar bem escondido, um tempo depois.

Comprimido

1. Se a ideia é disfarçar o comprimido no alimento, tente primeiro dar 1 pedaço mínimo de algo que ele adora sem nada dentro. Dê 3 ou 4 pedacinhos e no último pedaço (e maior) disfarce o remédio. Mas lembre-se: prepare tudo antes para ele não te pegar no flagra disfarçando o remédio no alimento!

2. Ter jeito e coragem de colocar a medicação direto na boca do animal – meu preferido, nunca deixa dúvidas se o animal tomou ou não o remédio. Mas nem todos topam (gente e bicho!).

Os gatos costumam ser mais difíceis, para saber a melhor forma de lidar, clique aqui.

3. Amassar e misturar no alimento – dependendo das restrições e preferências alimentares do animal, funciona bem em lácteos como iogurte, requeijão…mas se ele perceber, faça como no tópico 1

4. “Pill pockets” – são um tipo de biscoito com espaço para ser recheado com o comprimido, a venda nas pet shops, indicado para cães que adoram uma novidade!

pill pockets

Líquido

1- Usar um conta-gotas, seringa ou até mesmo uma colher e dar diretamente para o animal tomar, se ele aceitar bem

  • nunca posicione seu cão ou gato como um neném, de barriga para cima, no seu colo
  • deixe-o em estação, isto é, com as 4 patas no chão, na mesa ou bancada
  • se for usar seringa, cuidado para não fazer um jato na garganta do animal, para não correr o risco dele aspirar o medicamento e fazer uma falsa via (medicamento vai para os pulmões) – por este motivo eu prefiro o conta-gotas

2- Disfarçar num alimento pastoso ou no caldo da ração úmida, se ele aceitar e sempre dependendo da restrição alimentar de cada animal

3. Em caso de florais ou pequenos volumes, podemos pingar na pele do gato, num local do corpo de fácil acesso com a língua que ele lamberá rapidamente, para se limpar!

Se estas opções ainda forem difíceis para você, existem farmácias de manipulação que formulam os medicamentos com sabores como sardinha, mortadela e até jujuba, pode ser uma boa alternativa!

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 A Diabetes mellitus é uma doença cronica na qual a deficiência do hormônio insulina prejudica a capacidade do organismo de metabolizar o açúcar.

É uma das doenças endócrinas (hormonais) mais comuns em cães.

Existem 2 tipos de diabetes em cães.

O tipo I ocorre quando não há produção de insulina. Ela costuma ocorrer por uma destruição das células produtoras de insulina no pâncreas. Neste caso, é necessário que o animal receba injeções de insulina para controlar a doença.

O tipo II ocorre quando a insulina é produzida, mas não consegue ser aproveitada pelo organismo.

99% dos cães apresenta a Diabetes tipo I.

A Diabetes mellitus é mais comum em cães femeas, entre 7 e 9 anos, mas também existe a diabetes juvenil que ocorre em cachorros com até menos de 1 ano.

Todas as raças podem apresentar a doença, mas ela é mais frequente nos cães das seguintes raças: samoieda, schnauzer, bichon frise, fox terrier e poodle.

A Diabetes mellitus promove uma incapacidade dos tecidos em utilizar a glicose. Os sintomas ocorrem como consequência de níveis elevados de açúcar no sangue, fornecimento insuficiente de açúcar para os tecidos e alterações no metabolismo.

Alguns fatores de risco podem aumentar o risco do animal desenvolver a Diabetes, como a obesidade (saiba mais aqui), pancreatites recorrentes, o hiperadrenocorticismo (doença de Cushing) e a administração de drogas como glicocorticoides e progesteronas, que antagonizam a insulina.

Os sintomas mais comuns, que devem chamar a atenção são:

  • muita sede (polidipsia)
  • aumento da frequência de urina (poliuria)
  • emagrecimento, com apetite
  • cegueira repentina
  • letargia, prostração

O diagnóstico deve ser realizado o quanto antes e deve identificar quais as causas que podem ter levado ao surgimento da doença.

É fundamental realizar exames complementares (sangue, urina, ultrassonografia) para definir o tratamento adequado.

O tratamento exige injeções de insulina uma ou duas vezes ao dia, para controlar a glicemia (glicose no sangue).

A aplicação é sub-cutânea e a maioria dos animais e seus tutores se acostumam bem ao tratamento.

As medicações hipoglicemiantes por via oral são indicadas somente para animais com Diabetes tipo II, quando há produção de insulina.

Uma dieta rica em fibras, o controle de peso e a pratica de exercícios regulares são fundamentais para um bom controle da doença.

A castração é indicada nas fêmeas diabéticas para reduzir os efeitos dos hormônios na função da insulina.
É importante evitar e tratar infecções urinárias, se ocorrerem.

O inicio do tratamento pode ser trabalhoso, até que as doses de insulina estejam definidas.

O prognóstico depende da saúde geral do cão, de outras doenças presentes, da habilidade e disponibilidade do tutor em tratar seu animal.

Muitos cães vivem bem e com saúde, por muitos anos, após o diagnostico da Diabetes.

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